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Caso Yasmim: defesa diz que "terceiros" estão interessados em lucrar com a prisão de Aysla

A defesa também acredita que Yasmim foi vítima de latrocínio e não de um homicídio como o caso está repercutindo

Por Renata Nunes Publicado em
Defesa Aysla representada por Filipe Morais e Ana Santiago
Defesa Aysla representada por Filipe Morais e Ana Santiago (Foto: Max Oliveira/RTC)

A Justiça manteve a prisão temporária de Aysla Roberta, mulher trans, de 24 anos, acusada de envolvimento na morte de outra mulher trans, Yasmim, de 23 anos, na última quinta-feira (9), no bairro de Manaíra, em João Pessoa. A audiência de custódia aconteceu na tarde desta terça-feira (14), na Capital paraibana.

A defesa de Aysla, representada pelos advogados Filipe Morais e Ana Santiago, falou com exclusividade com o Portal T5 e disse acreditar que ela estaria sendo vítima do interesse de terceiros para lucrar financeiramente com o ponto onde Aysla Roberta trabalha, na Avenida Edson Ramalho, em Manaíra.

"Já temos nomes, mas não é o momento para citar esses nomes de pessoas interessadas em lucrar com o ponto e que viram, nesse episódio, uma oportunidade para tirar Aysla Roberta de campo", disse Ana Santiago.

A defesa também acredita que Yasmim foi vítima de latrocínio e não de um homicídio como o caso está repercutindo. "Inclusive, existem várias investigações ocorrendo paralelamente na Delegacia Especializada nos Crimes contra Homofobia, de crimes semelhantes, de rapazes que estão atentando contra a integridade de mulheres trans", argumentou Ana Santiago.

O próximo passo da defesa, segundo Filipe Morais, é ingressar com um pedido de Habeas Corpus nos próximos dias para tentar a liberdade de Aysla. Ele ressaltou que desde o acontecimento do crime ela vem colaborando e que está muito abalada com os desdobramentos do caso que levaram até a sua prisão temporária.

Por fim, o advogado sustenta que no dia do crime Aysla estava trabalhando em frente a um restaurante e que as câmeras do circuito podem provar, mas que essas imagens ainda não foram incorporadas ao inquérito, que corre em segredo de Justiça. "Quando a vítima corre, são ela e outra colega, que também foi ouvida na delegacia e nenhum momento está envolvida nesse fato, que socorreram e ligaram para o Samu", finalizou.

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