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Contra a Covid-19

Presidente da Unimed JP se posiciona contrário à vacinação em crianças

Ele alegou que ao invés de priorizar a vacinação de crianças contra a covid-19, o mundo deveria voltar o olhar para a África

Por Renata Nunes Publicado em
presidente da Unimed João Pessoa, Gualter Ramalho
presidente da Unimed João Pessoa, Gualter Ramalho (Foto: Reprodução/Instagram/drgualterramalho)

O presidente da Unimed de João Pessoa, Gualter Ramalho, se posicionou contrário à vacinação contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos de idade no Brasil. Em entrevista ao radiofônico Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan, ele usou o exemplo dos próprios filhos – um de 18 e outro de 16 – ambos vacinados, enquanto uma filha de nove que, segundo ele, não será imunizada.

Pelo menos enquanto a vacinação não passar pelo crivo de órgãos como sociedade de pediatria, de imunologia e pelos comitês do Ministério da Saúde, da NS. Ele acredita que existe um apelo por parte da indústria para vacinação desse público.

"O apelo comercial a gente sabe qual é. Se a indústria quer vender para crianças, por que não distribui para a África?. Se quer erradicar a doença, então não deixe a África ser um celeiro de produção de variantes. É uma questão ética muito complexa. Isso é infinitamente mais urgente que a vacinação de crianças", avaliou, dizendo ainda que, nesse momento, ao invés de priorizar a vacinação de crianças contra a covid-19, o mundo deveria voltar o olhar para a África.

"Se a indústria quer vender para criança, porque não distribui lá para a África?", questionou. "Se quer erradicar a doença, deixa o continente africano sendo um celeiro de produção de variantes. Então, tem uma questão ética aí muito complexa. Se o G20 se juntasse e dissesse: vamos vacinar a África. Aí sim, era uma atitude bacana, digna de aplausos", comentou.

O Portal T5 fez contato com a assessoria de comunicação da Unimed, que disse que não iria repercutir o assunto.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos de idade no Brasil no dia 16 de dezembro. A decisão foi divulgada após realização de uma avaliação técnica do pedido submetido pela farmacêutica no dia 12 de novembro.

A chegada do imunizante aos postos de saúde depende do calendário e da logística do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, responsável pela coordenação da distribuição das vacinas no Brasil.

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