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Pesquisadora da UFPB cria inseticida que mata o mosquito da dengue

Neste ano, até a 24ª Semana Epidemiológica, foram registrados 3.393 casos prováveis de dengue na Paraíba.

Por Redação Publicado em
Dengue e chikungunya: Paraíba confirma 22 mortes e investiga 15
Dengue e chikungunya: Paraíba confirma 22 mortes e investiga 15 (Foto: Divulgação)

Um estudo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Algodão) tem o objetivo a produção e comercialização de inseticida feito do extrato de agave híbrida com a capacidade de obter uma planta mais resistente a pragas.

O inseticida de agave (sisal), planta cultivada em regiões semiáridas, mata o mosquito Aedes aegypti em qualquer uma de suas fases de vida (ovo, larva, pupa ou adulto).

A pesquisadora responsável pelo invento, a professora Fabíola Cruz, do Departamento de Biologia Celular e Molecular da federal paraibana, destaca benefícios do projeto. "A gente está criando algo para combater um mosquito que causa muitas doenças, não só a dengue, mas a Zika e a Chikungunya”, ressalta a professora.

Neste ano, até a 24ª Semana Epidemiológica, foram registrados 3.393 casos prováveis de dengue na Paraíba, segundo o Boletim Epidemiológico Nº 05, de 22 de junho, da Secretaria de Estado da Saúde, referente a arboviroses. Quanto à Chikungunya, foram notificados 402 casos prováveis e 81 para a doença aguda causada pelo vírus Zika.

A eficácia do inseticida na eliminação do Aedes aegypti já é comprovada e, entre outros benefícios, estão o baixo custo, ação rápida e o fato de não ser tóxico para outros animais.

“Hoje, os produtores que vivem da cultura do sisal têm a sua renda muito diminuída porque a planta vem perdendo importância. Já teve muita relevância no passado, porque a fibra do sinal era muito utilizada na indústria, e hoje está sendo substituída por fibra sintética. Quando a gente faz uma descoberta como essa, isso volta a tornar o sisal importante”, afirma a professora Fabíola.

De acordo com Everaldo Paulo de Medeiros, pesquisador e um dos inventores do inseticida, cerca de 95% do sisal é descartado no lixo, pois 80% é o suco ou extrato da planta, justamente a parte utilizada para produzir o inseticida; 15% é a mucilagem, que é a parte gelatinosa do sisal; e apenas 5% é a fibra.

Segundo ele, a cultura do sisal envolve um contingente com aproximadamente 500 mil postos de trabalho no Brasil, desde o cultivo no campo ao beneficiamento na indústria. No Nordeste, os estados da Bahia, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará são os principais produtores.

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