TV Tambaú
Jovem Pan
Nova Brasil Maceió
º
estudo

Pesquisa da UFPB analisa efeitos do isolamento social nos hábitos e saúde da população

Distanciamento afeta sono, trabalho, prática esportiva, cuidado com crianças e idosos

Por Redação Publicado em
Midias sociais elevam depressao entre meninas diz pesquisa
Foto: iStock

Uma pesquisa do Departamento de Terapia Ocupacional do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) investiga se o isolamento social em domicílio, para contenção do contágio por Covid-19, alterou a rotina das pessoas adultas.

Segundo os dados preliminares, já se percebe que o distanciamento social tem provocado alterações negativas no cotidiano das pessoas, em aspectos como sono, trabalho, atividades religiosas e de autocuidado, sobretudo prática de atividades físicas.

O distanciamento social também alterou o cuidado com as crianças e com os idosos, atividades de ensino e de lazer. Mas nem todas as modificações foram apontadas, inicialmente, como negativas, a exemplo das relações familiares, que, para algumas pessoas, melhoraram.

Uso do Tinder pode aumentar comportamento sexual de risco, aponta estudo da UFPB

O levantamento é realizado por meio de questionário on-line. Até esta quinta-feira (4), a pesquisa, que teve início em 26 de maio, já tinha recebido aproximadamente 200 respostas em menos de dez dias. A meta é atingir pelo menos 500 participantes.

O estudo está sendo conduzido pela pesquisadora Berla Moraes, líder do grupo de pesquisa Vida adulta e cotidiano. Ela explica que a sua percepção de mudanças em uma série de rotinas das pessoas, em função do distanciamento social, foi o que motivou o estudo.

“Acredito que a pesquisa vai contribuir socialmente porque a gente já começou a analisar um pouco e ela já dá indícios de que várias rotinas foram alteradas. Então a gente já começa a perceber que realmente as rotinas tiveram alterações, logo, como terapeutas ocupacionais, pretendemos propor soluções”, diz a pesquisadora.

Os dados também poderão ser utilizados como subsídios para que outras estudos sejam empreendidos. Ela observa que mudanças nas questões emocionais, como medo e ansiedade, podem estar impactando na realização das ocupações cotidianas.

Durante quarentena, venda on-line de máquinas de cortar cabelo sobe 2000%

Berla Moraes avalia que é preciso considerar, para as análises, fatores como a classe social dos entrevistados. “Para pessoas com renda mais baixa, por exemplo, pode haver impacto negativo nos relacionamentos, no nível de satisfação com a rotina, nas ocupações cotidianas. Por isso a pesquisa precisa ser bem divulgada para ampliar seu alcance e chegar a todos os públicos”.

Além disso, a pesquisadora adverte que, após o isolamento social, as pessoas vão precisar de tempo para se adaptar à nova normalidade. “Há um risco de terem dificuldades para ajuste do sono, trabalho, lazer, autocuidado”.

Conforme Berla Moraes, a partir do momento que a pessoa tem a consciência de como está sua rotina, é possível ajudá-la a reorganizá-la de modo mais saudável, considerando suas condições de vida.

Os resultados serão disponibilizados por meio do perfil do grupo de pesquisa no Instagram e no site do Departamento de Terapia Ocupacional da UFPB. O estudo foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa para Seres Humanos (Conep) do Ministério da Saúde. Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail [email protected].

Leia também: Dia dos Namorados: terapeutas dão workshop on-line de tantra para casais

Siga o Instagram Facebook do Portal T5 e fique bem informado! 

Adicione o WhatsApp do Portal T5: (83) 9 9142-9330.


Relacionadas