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MEDIDA CAUTELAR

Ministério Público de Contas pede que recursos do São João de CG sejam gastos no combate ao coronavírus

Para procuradores, não seria razoável o custo com a festividade, devido à pandemia

Por Redação Publicado em
São João de Campina Grande deve acontecer ao longo de 60 dias, em 2022
São João de Campina Grande deve acontecer ao longo de 60 dias, em 2022 (Foto: Divulgação)

O Ministério Público de Contas da Paraíba entrou com pedido de medida cautelar para que a Prefeitura Municipal de Campina Grande não faça qualquer ato administrativo visando a realização do São João do município. A ação ainda pede a suspensão imediata de procedimentos que já estão em curso.

A ação pede que recursos que seriam destinados para a festa, sejam empregados no combate ao coronavírus.

O documento, assinado pelo procurador-geral do MPC, Manoel Antônio dos Santos Neto, ressalta que em 12 de março a gestão realizou uma emissão de empenho no valor de R$2,8 milhões para a Meadow Promo, empresa responsável por gerir a festa na cidade.

Para os procuradores, ‘seria razoável a gestão pública discutir, o remanejamento de recursos das festividades, com realocação dos recursos para áreas mais sensíveis, como a saúde ou assistência social’.

Ainda conforme o documento, o adiamento do São João para os meses de outubro e novembro faz o evento perder sua identidade e aconteceria por ‘mero entretenimento’.

Segundo o processo, o empenho de R$2,8 milhões foi feito antes do anúncio do adiamento da festa, que aconteceu em 23 de março. O órgão argumenta que não há qualquer indicação de cancelamento do empenho e ainda existe a possibilidade de que os pagamentos aconteçam nos próximos dias e meses.

“Não sendo razoável que no atual estágio de pandemia vivenciado pelo mundo haja qualquer dispêndio para custear em Campina Grande um evento festivo, ainda incerto, postergado para outubro e novembro”, pontua.

O documento ainda cita as Olimpíadas de Tóquio, que foram adiadas em um ano devido à pandemia do coronavírus e na Paraíba, o município de Conde, que cancelou as festividade juninas para realocar os recursos para reforçar ações de saúde e segurança da população no combate ao vírus.


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