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Na PB, justiça suspende atividades de empresas envolvidas na 'Operação Recidiva'

Quatro construtoras estão impedidas de participar de licitações e de firmar contratos com entes públicos

Por Redação Publicado em
MPF solicita a órgãos da Paraíba lista de candidatos 'ficha suja'
MPF solicita a órgãos da Paraíba lista de candidatos 'ficha suja' (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação

A pedido do Ministério Público Federal (MPF) em Patos (PB), a Justiça suspendeu as atividades das quatro empresas envolvidas em fraudes licitatórias no âmbito da Operação Recidiva. A operação investiga fraudes de licitações em vários municípios paraibanos, assim como o desvio de recursos públicos.

Segundo o MPF, com a decisão liminar, as construtoras Millenium, M&M Construção, Melf Construtora e EMN Construções e Locações estão impedidas de participar de licitações e de firmar contratos com entes públicos, com suspensão dos eventuais contratos em andamento, em qualquer das esferas (federal, estadual ou municipal).

A Justiça Federal determinou a inclusão das empresas no Cadastro Nacional de Empresas Punidas (CNEP), bem como no Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS). O MPF em Patos foi informado sobre a decisão judicial nesta terça-feira (6).

Confira a decisão

Além do pedido liminar para suspensão, o MPF quer, ao final, a condenação das empresas demandadas nas seguintes penas: perdimento dos bens apreendidos nas diversas ações cíveis e criminais de indisponibilidade propostas no curso da Recidiva, e dissolução compulsória das pessoas jurídicas. O MPF em Patos busca, ainda, o recolhimento de multas ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD).

Segundo o MPF, as empresas estão sendo usadas reiteradamente para atos de corrupção empresarial, o que justifica o pedido de dissolução. De acordo com a ação, a Millenium e a M&M participaram de fraudes em licitações nos municípios paraibanos de Teixeira e de São Sebastião de Lagoa de Roça. Já os esquemas envolvendo a Melf e a EMN ocorreram em Brejo do Cruz, Emas e Gado Bravo, também na Paraíba.

“Vê-se que as condutas narradas implicam o uso habitual da personalidade jurídica para facilitar ou promover a prática de atos ilícitos, e a constituição de empresa para ocultar ou dissimular interesses ilícitos ou a identidade dos beneficiários dos atos praticados – situações aptas a ensejar a dissolução compulsória das empresas”, alega o MPF na ação.


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