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Vídeo: Repórter é ameaçado com revólver durante cobertura jornalística, na Paraíba

O fato ocorreu na tarde desta quarta-feira (25) na frente do Gaeco.

Por Redação Publicado em
Ameaca reporter

O repórter do Portal MaisPB, Albemar Santos, passou por maus bocados na tarde desta quarta-feira (25) quando foi cobrir um fato jornalístico no Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado, em João Pessoa. Ele aguardava, junto com outros membros da imprensa, o final do depoimento do empresário Ramon Acioli sobre um suposto esquema envolvendo o prefeito interino de Bayeux, Luiz Antônio.

Em determinado momento, um policial civil sacou uma arma em direção ao profissional. Tudo começou depois de um breve desentendimento.

Para fugir da mira do revólver, o repórter se escondeu atrás de um carro que estava estacionado na frente do Gaeco.

As pessoas que estavam no local interviram.

A Associação Paraibana de Imprensa (API) se manifestou, em nota. No documento assinado pelo presidente João Pinto, a entidade disse que pretende entrar em contato com a Secretaria de Segurança para que o policial envolvido seja identificado e punido conforme a lei.

Também em nota, o Portal MaisPB repudiou a agressão e cobrou punição.

Veja a nota na íntegra:

O Portal MaisPB vem a público repudiar a agressão sofrida pelo repórter Albemar Santos, na tarde desta quarta-feira (25), por um policial civil ainda não identificado, em frente à sede do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), em João Pessoa. O policial apontou uma arma para a cabeça do jornalista e só não atirou devido à intervenção de outros colegas da imprensa que interferiram rapidamente para evitar uma tragédia.

É inadmissível que um trabalhador tenha sua vida ameaçada em pleno exercício de seu ofício de modo tão gratuito e banal. Uma simples discussão provocada pelo modo truculento que um policial aborda um transeunte, não pode, em hipótese alguma, servir de estopim para que um profissional da área da segurança pública, de forma descontrolada e completamente irresponsável, saque sua arma e atente contra vida de um cidadão.

Todo o ato foi presenciado e registrado por câmeras atentas de outros profissionais de imprensa e nem isso intimidou o agressor. O fato traz revolta, choca não apenas uma classe, mas o conjunto da sociedade que assiste tantas vezes impotente, a falta de preparo de alguns poucos policiais que confundem a missão que abraçam, com abuso de autoridade e de poder.

A abordagem agressiva e desnecessária a um repórter fere não apenas o direito ao livre exercício profissional, mas é uma afronta à liberdade de expressão, aos direitos humanos e ao direito à vida.

Por isso, exigimos que a Secretaria de Estado da Segurança Pública haja com rigor na investigação desse fato e puna o policial envolvido nesse grave atentado. As explicações e os encaminhamentos legais para esse fato são fundamentais para mostrar que não se admite truculência e desrespeito por parte daqueles que deveriam garantir a segurança e a ordem pública.

Acreditamos que a liberdade de imprensa é um dos pilares universais da Democracia, e que a violência, o desrespeito e a intolerância não são alternativas para a solução de problemas.


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