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Brasileira Maria de Lourdes Guarda é declarada venerável pela Igreja Católica

O Papa Leão XIV reconheceu as virtudes heroicas de Maria de Lourdes Guarda, brasileira dedicada à evangelização e ao apoio a pessoas com deficiência

Por Redação T5 Publicado em
Maria de Lourdes Guarda
Maria de Lourdes Guarda morreu em 1996, deixando fama de santidade (Foto: Divulgação)

A brasileira Maria de Lourdes Guarda foi reconhecida, nesta sexta-feira (21), como Venerável pelo Vaticano. O Papa Leão XIV confirmou as virtudes heroicas da leiga consagrada brasileira, que, durante quase cinco décadas de imobilidade, dedicou sua vida a evangelizar e apoiar pessoas com deficiência.

Durante a audiência concedida ao cardeal Marcello Semeraro, prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, o pontífice autorizou a promulgação dos decretos que confirmam suas virtudes heroicas.

Na mesma ocasião, Leão XIV aprovou decretos relativos ao martírio, em ódio à fé, de dois sacerdotes italianos mortos pelas tropas nazistas em 1944, padre Ubaldo Marchioni e padre Martino Capelli, que em breve serão proclamados beatos. Também tiveram reconhecidas suas virtudes heroicas o arcebispo Enrico Bartoletti, dom Gaspare Goggi e a religiosa australiana Maria do Sagrado Coração, conhecida como Maria Glowrey.

Quem é Maria de Lourdes, apóstola das pessoas com deficiência no Brasil

Maria de Lourdes Guarda, nascida em 1926 em Salto (SP), ficou paralisada da cintura para baixo aos 21 anos devido a uma lesão na coluna. Impedida de seguir a vida religiosa tradicional, consagrou-se no Instituto Secular Caritas Christi em 1970 e, ao longo de quase cinco décadas vividas entre hospitais e a própria casa, transformou sua enfermidade em missão apostólica, dedicando-se à oração e à devoção eucarística.

A mulher desenvolveu uma espiritualidade de oferecimento e consolação ao conviver com as Irmãs Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, transformando seu quarto de hospital em espaço de orientação espiritual e acolhimento. Mesmo sofrendo com doenças renais e uma grave gangrena que levou à amputação de uma perna, coordenou nacionalmente por dez anos a “Fraternidade das Pessoas com Deficiência”, promovendo inclusão social, direitos das pessoas com deficiência e pela formação de agentes pastorais. Faleceu em 5 de maio de 1996, vítima de câncer, com fama de santidade já reconhecida e fortalecida após sua morte.



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