Furacão Melissa deixa 32 mortos e milhares de desabrigados no Caribe
A passagem do fenômeno tropical provocou enchentes, desabamentos, além de deixar milhares de pessoas sem energia elétrica e água potável
O furacão Melissa já causou 32 mortes e um rastro de destruição em vários países do Caribe, afetando gravemente comunidades no Haiti, Jamaica, Panamá, Cuba e República Dominicana. A passagem do fenômeno tropical provocou enchentes, desabamentos, além de deixar milhares de pessoas sem energia elétrica e água potável.
O Haiti é o país mais atingido até o momento, com 23 mortos, incluindo 10 crianças. Grande parte das vítimas foi registrada na cidade de Petit-Goâve, ao sul de Porto Príncipe, onde o rio La Digue transbordou, inundando bairros inteiros. Segundo as autoridades locais, há ainda 17 feridos, 13 desaparecidos e mais de 13 mil pessoas desalojadas. Diversas regiões continuam sob chuvas torrenciais, e ao menos dez rios transbordaram, bloqueando estradas e destruindo moradias, escolas e igrejas.
Na Jamaica, Melissa atingiu a costa na terça-feira (28), na cidade de Black River, no sudoeste da ilha, sendo considerado um dos furacões mais fortes já registrados no Atlântico. O país contabiliza quatro mortos, 500 mil pessoas sem energia elétrica e milhares de desalojados. O primeiro-ministro Andrew Holness decretou “zona de desastre” em todo o território nacional.
A República Dominicana também sofreu os efeitos indiretos do furacão. As chuvas intensas causaram uma morte e interromperam o abastecimento de água de mais de 1 milhão de pessoas, com diversos aquedutos danificados.
No Panamá, a cauda do furacão provocou a morte de quatro pessoas, sendo três crianças, além de afetar mais de 1.100 moradores em diferentes províncias, de acordo com a Defesa Civil.
Em Cuba, o furacão tocou terra no extremo leste da ilha com ventos de até 193 km/h, provocando inundações, deslizamentos de terra e graves danos materiais. Milhões de cubanos ficaram sem energia elétrica, centenas de casas desabaram, plantações foram alagadas e várias áreas permanecem isoladas. A Defesa Civil cubana informou que equipes de resgate ainda tentam acessar regiões montanhosas fortemente atingidas.
De acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC), o furacão Melissa começou como tempestade tropical e já deslocou mais de 700 mil pessoas em toda a região. Apesar de estar perdendo força à medida que se afasta de Cuba em direção às Bahamas, o sistema ainda representa risco de fortes chuvas e ventos intensos nas próximas horas.
As autoridades locais e organizações humanitárias mobilizam esforços para atender as vítimas, mas alertam que o acesso às áreas devastadas continua sendo o maior desafio neste momento.



