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Terra tem uma nova lua? O que é o PN7 2025, que vai seguir planeta até 2083

Batizado de PN7 2025, o corpo celeste não é um satélite natural, mas seguirá o planeta em uma trajetória semelhante à da Terra por cerca de meio século, até 2083

Por Carlos Rocha Publicado em
Lua cheia governo federal
Terra tem uma nova lua? O que é o PN7 2025, que vai seguir planeta até 2083 (Foto: Reprodução/Governo Federal)

Um pequeno asteroide recém-descoberto chamou a atenção de astrônomos ao ser classificado como uma “quase-lua” da Terra. Batizado de PN7 2025, o corpo celeste não é um satélite natural, mas seguirá o planeta em uma trajetória semelhante à da Terra por cerca de meio século, até 2083.

O PN7 2025, com aproximadamente 19 metros de diâmetro, foi identificado em agosto pelo observatório Pan-STARRS, em Haleakala, no Havaí. Segundo estudos publicados pela Sociedade Astronômica Americana, ele pertence ao grupo de asteroides Arjuna, que compartilham órbitas próximas à da Terra.

Durante sua órbita, o asteroide poderá se aproximar da Terra a cerca de 299 mil km — aproximadamente a distância média entre o planeta e a Lua — e se afastar até 17 milhões de km. Apesar de se aproximar, o PN7 2025 é inofensivo, não representa ameaça de colisão ou entrada na atmosfera terrestre.

Segundo especialistas, o asteroide já acompanhava a Terra, mas só foi detectado recentemente devido à sua pequena dimensão e baixa luminosidade. Ele completa sua órbita ao redor do Sol em período quase idêntico ao da Terra, o que faz parecer, de certas perspectivas, que está “seguindo” o planeta.

O fenômeno das quase-luas não é raro. Astrônomos registram pequenos asteroides que se aproximam da Terra com regularidade, alguns permanecendo apenas por meses, enquanto outros, como o PN7 2025, podem acompanhar o planeta por gerações. Um exemplo anterior é o Kamo’oalewa, alvo de estudos e de uma missão espacial chinesa prevista para 2027, que pretende coletar amostras do asteroide.

A descoberta do PN7 2025 é considerada importante para os cientistas, pois possibilita mapear trajetórias, estudar composição de asteroides próximos à Terra e compreender melhor a relação do planeta com pequenos corpos celestes que orbitam em sua vizinhança.



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