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Bebê prematuro dado como morto é retirado do próprio velório chorando

O recém-nascido foi levado novamente para a unidade de saúde, mas morreu na noite de domingo (26), por volta das 23h15

Por Carlos Rocha Publicado em
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Bebê dado como morto é retirado do próprio velório chorando em Rio Branco

Um bebê prematuro, dado como morto após o parto na Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco (AC), foi retirado do próprio velório ainda com vida na manhã do último sábado (25). O recém-nascido foi levado novamente para a unidade de saúde, mas morreu na noite de domingo (26), por volta das 23h15, em decorrência de choque séptico e sepse neonatal, segundo informou a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre).

De acordo com a Sesacre, o bebê, que nasceu com cinco meses de gestação, havia sido declarado sem sinais vitais após o parto normal, ocorrido na noite de sexta-feira (24). A secretaria afirmou que todos os protocolos de reanimação foram seguidos pela equipe multiprofissional antes da constatação do óbito.

O caso ganhou repercussão nacional após familiares perceberem, durante o velório, que o bebê chorava dentro do caixão, cerca de 12 horas após o suposto falecimento. A criança havia sido levada por uma funerária particular para o cemitério, e um parente solicitou a abertura do caixão pouco antes do sepultamento, momento em que notou os sinais vitais.

O bebê foi imediatamente levado de volta à maternidade, onde permaneceu internado em estado gravíssimo, sob cuidados intensivos da equipe médica.

Em nota oficial divulgada nesta segunda-feira (27), a Sesacre confirmou a morte do recém-nascido e expressou solidariedade à família:

“Neste momento de imensa dor, expressamos nossa solidariedade e respeito à mãe, ao pai e a todos os familiares, desejando que encontrem conforto diante dessa perda irreparável. Todos os esforços possíveis foram realizados para garantir o melhor cuidado e suporte durante todo o período de internação.”

A secretaria também informou que o caso está sendo investigado e que a equipe responsável pelo atendimento inicial foi afastada para garantir transparência na apuração. A direção da maternidade reforçou que, devido à prematuridade extrema do bebê, a transferência para outra unidade não foi cogitada, já que o deslocamento poderia agravar o quadro clínico.

A Sesacre afirmou que o episódio servirá de base para revisão de protocolos e aprimoramento do atendimento neonatal na rede pública de saúde.



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