Exercício físico se consolida como aliado no tratamento de doenças autoimunes
Na visão do profissional de Educação Física, o exercício não é apenas um meio de gasto calórico, mas um instrumento de promoção da saúde integral
Mais do que um complemento à rotina de cuidados, o exercício físico, quando orientado por profissionais, tem se consolidado como um aliado estratégico no tratamento de doenças autoimunes como lúpus, artrite reumatoide, esclerose múltipla e tireoidite de Hashimoto. O movimento corporal, além de ser um hábito saudável, passou a ser reconhecido como um recurso terapêutico de impacto, com potencial para modular a inflamação, fortalecer a musculatura e aliviar a fadiga crônica, um dos sintomas mais limitantes para os pacientes.
Na visão do profissional de Educação Física, o exercício não é apenas um meio de gasto calórico, mas um instrumento de promoção da saúde integral. Ele atua diretamente na preservação da funcionalidade, na melhora da mobilidade articular e no resgate da autonomia do paciente, fatores essenciais para a qualidade de vida.
“O exercício supervisionado contribui para reduzir inflamações, combater a fadiga e preservar a independência funcional do paciente. O papel do profissional dessa área é planejar e conduzir programas individualizados que priorizem práticas de baixo impacto, como hidroginástica, pilates e atividades de fortalecimento, respeitando sempre as condições clínicas de cada pessoa. É sobre ajudar na recuperação da autoestima, confiança e bem-estar psicológico”, destaca a coordenadora do curso de Educação Física da UNINASSAU João Pessoa, Adeilma Santos.
O planejamento individualizado é indispensável, exigindo a integração entre profissional de educação física, médicos especialistas e fisioterapeutas para garantir segurança e efetividade. Atividades de baixo impacto, como natação, hidroginástica, pilates e alongamentos, são recomendados para proteger articulações, melhorar a densidade óssea, estimular a circulação e reduzir riscos de sobrecarga.
Além dos ganhos físicos, a atividade desempenha um papel decisivo na saúde mental, reduzindo estresse, ansiedade e depressão, que, frequentemente, acompanha o diagnóstico das doenças autoimunes. Dessa forma, o exercício torna-se um ato de autocuidado, um caminho seguro para o paciente assumir o controle de sua saúde e viver com mais qualidade, autonomia e esperança.



