Greta Thunberg é detida por forças israelenses após interceptação de flotilha rumo a Gaza
Entre os passageiros das embarcações estavam ao menos dez brasileiros e um argentino residente no Brasil
A ativista sueca Greta Thunberg foi uma das pessoas detidas nesta quarta-feira (2) por forças de Israel, após a interceptação de uma flotilha humanitária que seguia em direção à Faixa de Gaza, em águas internacionais. A jovem era um dos nomes mais conhecidos da missão, que tinha como objetivo levar ajuda humanitária à região.
Segundo a organização Sumud Global, ao menos nove embarcações foram interceptadas pela Marinha de Israel, e uma delas chegou a ser abalroada durante a ação. O Ministério das Relações Exteriores de Israel confirmou a operação, informando que “vários navios” foram parados e que os passageiros seriam levados para um porto israelense, onde começariam os procedimentos de deportação para a Europa.
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O governo israelense também divulgou um vídeo em que Greta aparece sendo atendida por um militar, que lhe oferece um sanduíche e ajuda a vestir um casaco. A nota oficial destacou que a ativista e os demais detidos “estão seguros e com boa saúde”.
Um vídeo do momento da interceptação foi publicado pelo portal Notícias ao Minuto Brasil.
Brasileiros entre os detidos
Entre os passageiros das embarcações estavam ao menos dez brasileiros e um argentino residente no Brasil. O grupo inclui o ativista Thiago Ávila e a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE).
A lista divulgada pela organização inclui:
- Ariadne Catarina Cardoso Teles
- Magno De Carvalho Costa
- Luizianne De Oliveira Lins
- Gabrielle Da Silva Tolotti
- Bruno Sperb Rocha
- Mariana Conti Takahashi
- Thiago de Ávila e Silva Oliveira
- Lucas Farias Gusmão
- Mohamad Sami El Kadri
- Lisiane Proença Severo
- Nicolas Calabrese (argentino com cidadania italiana, residente no Brasil)
Contexto da missão
A flotilha humanitária tinha como meta transportar suprimentos para Gaza, região que enfrenta restrições severas de acesso em meio ao conflito no Oriente Médio. A interceptação ocorre em um momento de tensões diplomáticas, já que Israel considera ilegais as tentativas de romper o bloqueio marítimo à região, enquanto ativistas classificam a iniciativa como solidária e pacífica.



