Secretaria Penitenciária nega princípio de AVC em Flordelis; defesa contesta diagnóstico
A defesa de Flordelis, no entanto, afirma que a situação de saúde da ex-parlamentar é grave
A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) negou nesta sexta-feira (19) que a ex-deputada federal Flordelis tenha sofrido um início de AVC no Instituto Penal Talavera Bruce, em Bangu, onde cumpre pena pelo assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo.
Em nota, a Seap informou que "não procede a informação sobre princípio de AVC" e que a pastora foi atendida no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho por quadro de lombalgia, caracterizado por dor na região inferior das costas, geralmente causada por sobrecarga muscular, hérnias de disco ou inflamações.
A defesa de Flordelis, no entanto, afirma que a situação de saúde da ex-parlamentar é grave. A advogada Janira Rocha disse que a pastora apresenta problemas cardíacos e psiquiátricos, além de sintomas recentes como fortes dores de cabeça, vômitos, convulsões e fala arrastada, que, segundo ela, não condizem com lombalgia.
Diante das controvérsias, a defesa anunciou que protocolará pedido na Justiça para a transferência de Flordelis a um hospital público até segunda-feira (22), alegando que a unidade prisional não possui condições de atendimento adequado. Janira ainda informou que o plano de saúde particular da ex-deputada foi cancelado, impossibilitando cuidados fora do sistema prisional.
Flordelis está presa na penitenciária feminina de Bangu desde agosto de 2021. Em novembro de 2022, ela foi condenada a 50 anos e 28 dias de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio com uso de veneno, falsificação de documento e associação criminosa armada.
O marido da pastora, Anderson do Carmo, foi morto em 2019, na garagem de casa em Niterói, com 31 perfurações de arma de fogo, nove delas na região pélvica. A investigação apontou que o motivo do crime seria a disputa pelo dinheiro arrecadado pela igreja liderada pelo casal, cerca de R$ 180 mil por mês. Flordelis nega as acusações.



