Cirurgião amputou as próprias pernas para receber indenização milionária
O caso, que também envolveu acusações de posse de pornografia extrema, foi julgado na última quinta-feira (4) no Reino Unido
Um cirurgião do Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS) foi condenado a dois anos e oito meses de prisão após confessar que provocou a amputação das próprias pernas para receber uma indenização milionária. O caso, que também envolveu acusações de posse de pornografia extrema, foi julgado na última quinta-feira (4) no Reino Unido.
O médico Neil Hopper, de 49 anos, alegou em 2019 sofrer de uma “doença misteriosa” que teria causado uma grave septicemia, levando à necessidade de amputação. No entanto, as investigações revelaram que ele utilizou gelo seco para congelar os membros inferiores até o ponto de necrose.
Segundo o promotor Nicholas Lee, Hopper apresentou pedidos de indenização fraudulentos a duas seguradoras, totalizando mais de 466 mil libras (cerca de R$ 3,2 milhões).
Em tribunal, o cirurgião admitiu ter um “interesse sexual em amputação” e armazenava vídeos de mutilação corporal comprados pela internet, incluindo imagens de homens removendo voluntariamente seus órgãos genitais.
O juiz James Adkin, responsável pela sentença, afirmou que as motivações do médico foram uma “combinação de obsessão e interesse sexual”, destacando que o comportamento parecia ser “uma ambição de longa data”.
Apesar da gravidade do caso, a administração do Royal Cornwall Hospital, onde Hopper trabalhou por mais de dez anos, informou que não foram encontradas ligações entre seus crimes e sua conduta profissional.
Após as amputações, Hopper chegou a retomar as atividades médicas em menos de seis meses, utilizando próteses. Ele foi preso em 2023 e permanecia suspenso das funções desde então.



