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Estudo avalia nível de proteção de dados das operadoras de telecomunicações no Brasil

A pesquisa avaliou cinco companhias do setor com base em seis critérios relacionados à Constituição Federal, ao Marco Civil da Internet e à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)

Por Carlos Rocha Publicado em
Edital do Leilão do 5G também garantiu investimento das operadoras vencedoras.
Estudo avalia nível de proteção de dados das operadoras de telecomunicações no Brasil (Foto: Pablo Le Roy/MCom)

Um levantamento divulgado pelo InternetLab, em parceria com a organização norte-americana Electronic Frontier Foundation (EFF), analisou como as principais operadoras de telecomunicações do Brasil tratam a privacidade e a proteção de dados de seus usuários. Esta foi a oitava edição do projeto “Quem Defende Seus Dados?”, que se tornou referência no acompanhamento desse tema no país.

A pesquisa avaliou cinco companhias do setor com base em seis critérios relacionados à Constituição Federal, ao Marco Civil da Internet e à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Os pontos considerados foram:

  • clareza das informações sobre políticas de proteção de dados;
  • existência de notificações ao usuário em caso de solicitação de informações por autoridades;
  • posicionamento público em defesa da privacidade;
  • transparência sobre procedimentos internos;
  • engajamento com a pesquisa;
  • outros indicadores de governança e segurança.

Segundo o relatório, apenas uma das empresas avaliadas implementou uma política formal de notificação aos usuários sempre que seus dados são requisitados por órgãos públicos — prática que ainda é inédita entre as operadoras brasileiras. Outras companhias apresentaram avanços pontuais, mas não cumpriram todos os critérios analisados.

O estudo também apontou diferenças entre grandes operadoras e empresas regionais. Enquanto as de maior porte contam com equipes especializadas em proteção de dados e cibersegurança, companhias menores apresentaram desempenho inferior. Apesar disso, os pesquisadores ressaltam que o porte não deve ser visto como justificativa para falhas, já que todas estão sujeitas à LGPD e à responsabilidade de proteger os consumidores.

Outro ponto levantado foi o nível de engajamento das operadoras com o estudo. Quatro delas responderam aos questionamentos, enviaram documentos e participaram de reuniões. Uma, no entanto, não retornou aos contatos, mesmo tendo sido acionada por meio do canal oficial de seu encarregado de dados.



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