Parasita carnívoro que 'ameaça' EUA é detectado pela 1ª vez em humano
O episódio envolve um morador de Maryland que havia retornado de uma viagem a El Salvador
As autoridades de saúde dos Estados Unidos confirmaram o primeiro registro de um humano infectado pelo parasita Cochliomyia hominivorax, conhecido popularmente como “mosca da bicheira”. O episódio envolve um morador de Maryland que havia retornado de uma viagem a El Salvador.
O caso foi validado em 4 de agosto pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e comunicado oficialmente neste domingo (24). Segundo o órgão, o risco de propagação dentro do país é considerado muito baixo.
O parasita é capaz de depositar ovos em feridas abertas, cujas larvas consomem tecidos vivos. Em situações sem tratamento, tanto animais quanto pessoas podem morrer. Nos humanos, a infecção é rara, mas pode se manifestar por feridas que não cicatrizam, dor localizada, mau cheiro e até a presença de larvas em regiões como nariz, boca ou olhos.
O episódio trouxe preocupação ao setor de pecuária, já que a praga está presente na América Central e no sul do México, e uma eventual disseminação para o norte poderia afetar a produção de carne bovina.
Para conter riscos, a secretária do Departamento de Agricultura, Brooke Rollins, anunciou recentemente a construção de uma instalação no Texas destinada a programas de esterilização de moscas.
Veterinários de estados do interior, como a Dakota do Sul, relataram ter sido informados de maneira tardia sobre o caso e cobraram maior transparência do CDC. Até o momento, não há registros da presença desse parasita em animais no território norte-americano em 2025.



