Morte de cavalo após mutilação viraliza e gera protestos nas redes sociais
Segundo o boletim de ocorrência, o jovem Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, é suspeito de ter desferido golpes nas patas do cavalo, alegando que acreditava que o animal estivesse morto
A Polícia Civil investiga um caso de maus-tratos a animal ocorrido em Bananal, no interior de São Paulo, em que um cavalo foi mutilado com um facão e morreu. O episódio aconteceu após uma cavalgada na zona rural da cidade, no último sábado (16).
Segundo o boletim de ocorrência, o jovem Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, é suspeito de ter desferido golpes nas patas do cavalo, alegando que acreditava que o animal estivesse morto. Ele afirmou, em entrevista à TV Vanguarda, que consumiu álcool antes do ocorrido e classificou a ação como um ato cruel, assumindo responsabilidade pelo episódio.
Uma testemunha relatou que, durante a cavalgada, o cavalo branco utilizado por Andrey cansou e se deitou. O suspeito teria retirado um facão da cintura e cortado as patas do animal, dizendo: “Se você tem coração, melhor não olhar”. O momento foi filmado por um amigo de Andrey, que também é investigado.
O caso ganhou repercussão nas redes sociais, com celebridades como a cantora Ana Castela e a ativista Luísa Mell cobrando justiça. A Prefeitura de Bananal informou que repudia qualquer ato de crueldade contra animais e encaminhou o caso à Delegacia de Polícia e à Polícia Ambiental.
O episódio é enquadrado como crime de maus-tratos a animais, conforme a Lei nº 9.605/1998, que prevê detenção de três meses a um ano, além de multa. A pena aumenta em um sexto a um terço se houver morte do animal, podendo chegar, neste caso, a 1 ano e 4 meses de prisão.
A polícia segue investigando para determinar se o cavalo estava vivo no momento da mutilação e identificar responsáveis, enquanto Andrey afirmou sentir ameaças de morte devido à divulgação do vídeo.
Denúncias de maus-tratos a animais, incluindo abandono, mutilação, agressão física ou condições inadequadas de confinamento, podem ser registradas em delegacias ou no Ministério Público.



