Papagaio revela esquema de tráfico e leva polícia a prender 15 pessoas
As autoridades divulgaram imagens da operação e vídeos obtidos durante a investigação
Um papagaio acabou se tornando peça-chave na investigação de uma quadrilha de tráfico de drogas no Reino Unido. O animal, chamado Mango, foi flagrado em vídeo dizendo a frase “dois por 25”, uma expressão frequentemente associada à venda de entorpecentes em pontos de distribuição de rua. A gravação acabou reforçando as suspeitas da polícia britânica e resultou na prisão de 15 pessoas envolvidas no esquema.
De acordo com informações do jornal The Sun, o vídeo foi feito pela namorada de um dos principais suspeitos, Adam Garnett, de 35 anos, que já estava preso e coordenava o tráfico de dentro da prisão com o auxílio da parceira. Durante uma operação de apreensão, agentes encontraram em sua cela telefones celulares e roteadores de internet, que eram utilizados para manter contato com comparsas fora da unidade prisional.
Ao analisar os arquivos de um dos aparelhos, a polícia encontrou diversos vídeos comprometendo o grupo, incluindo imagens de grandes quantias em dinheiro, pacotes de droga armazenados na residência do casal, e o registro em que o papagaio pronuncia a frase-chave, associada ao tráfico.
A polícia de Lancashire compartilhou o caso em suas redes sociais com tom de ironia, perguntando: “Qual é a melhor habilidade que o seu animal faz? Sentar? Dar a pata? E falar?”. A postagem destacou que Mango aprendeu “a pior frase possível para se dizer quando há policiais por perto”.
A investigação levou à prisão de 15 pessoas, todas confessaram envolvimento com a quadrilha em audiência realizada no Tribunal de Preston.
O líder do grupo, Adam Garnett, foi condenado a 19 anos e seis meses de prisão, pena que será acumulada à sua condenação anterior de 15 anos, que ainda está em cumprimento. Sua namorada, Shannon Hilton, de 29 anos, recebeu pena de 12 anos de reclusão.
As autoridades divulgaram imagens da operação e vídeos obtidos durante a investigação. Segundo os investigadores, o uso de animais como “mascotes do crime” não é incomum, mas raramente contribuem de forma tão direta como neste caso.
