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Lula lamenta morte de servidores do IBGE durante combate a incêndio no DF

Os dois brigadistas morreram ao tentar evitar que o fogo, iniciado na área residencial do Tororó, se alastrasse para a reserva ambiental, situada na Área de Proteção Ambiental (APA) Gama e Cabeça de Veado

Por Carlos Rocha Publicado em
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Lula lamenta morte de servidores do IBGE durante combate a incêndio no DF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou, nesta quarta-feira (30), a morte de dois servidores do IBGE que atuavam no combate a um incêndio em área de vegetação próxima à Reserva Ecológica do IBGE, no Distrito Federal. As vítimas, Valmir de Souza e Silva e Manoel José de Souza Neto, ambos de 65 anos, faziam parte da brigada de incêndio do órgão.

Os dois brigadistas morreram ao tentar evitar que o fogo, iniciado na área residencial do Tororó, se alastrasse para a reserva ambiental, situada na Área de Proteção Ambiental (APA) Gama e Cabeça de Veado. Diante da tragédia, a direção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) decretou luto oficial de três dias.

"Defendendo a biodiversidade com coragem"

Em nota oficial, o presidente Lula prestou solidariedade às famílias, aos colegas de trabalho e a todos os que atuam na proteção do meio ambiente. “Esses trabalhadores estavam cumprindo sua missão com coragem e comprometimento, defendendo o nosso país, a nossa biodiversidade e o nosso povo”, declarou.

O presidente também destacou as ações do governo no enfrentamento a incêndios florestais e aos efeitos da emergência climática, como a recente Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, mas admitiu que “ainda há muito a fazer”. “Vamos seguir investindo, com seriedade e responsabilidade, para proteger vidas humanas, as florestas brasileiras e o futuro das próximas gerações”, afirmou.

Reconhecimento e homenagens

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, também se manifestou nas redes sociais, exaltando o trabalho dos servidores. “A profissão de brigadista é muito importante para a proteção ambiental e para toda a sociedade, mas, sem dúvida, é uma profissão de alta periculosidade, uma vez que o fogo é traiçoeiro e pode enganar até os mais experientes no seu combate”, escreveu.

O Jardim Botânico de Brasília, que atua em parceria com o IBGE na proteção da reserva, lamentou os falecimentos e destacou que Valmir e Manoel estavam no órgão desde o início da década de 1980. “Ambos eram servidores dedicados, com décadas de atuação pública voltada à conservação do meio ambiente”, informou a instituição em nota.

A Universidade de Brasília (UnB), também parceira na gestão da área por meio da Fazenda Água Limpa, ressaltou a importância da reserva para a pesquisa ecológica sobre o Cerrado e lembrou a contribuição dos servidores. “A perda inestimável de Valmir e Manoel, protegendo mais uma vez o patrimônio natural e científico do Brasil, nos enche de tristeza”, escreveu a UnB.

Área de preservação estratégica

A Reserva Ecológica do IBGE é uma unidade de conservação localizada em uma região de alto valor ambiental e científico. O local é considerado estratégico para o monitoramento climático, a pesquisa em biodiversidade e a formação de novos pesquisadores, especialmente nas áreas de ecologia e conservação do Cerrado.

As circunstâncias exatas do incêndio ainda estão sendo apuradas. Até o momento, não há informações sobre as causas do fogo que levou à morte dos dois brigadistas.



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