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Soldado da PM é preso por suspeita de chamar médico capitão de 'você'

O policial foi liberado no dia seguinte e o episódio passou a ser investigado por meio de Inquérito Policial Militar (IPM), conforme informou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP)

Por Carlos Rocha Publicado em
Soldado e preso por suspeita de chamar medico capitao de voce
Soldado é preso por suspeita de chamar médico capitão de 'você'

Um soldado da Polícia Militar de São Paulo foi preso na quarta-feira (18) após uma discussão com um capitão da corporação durante atendimento no Hospital da Polícia Militar, na capital. O policial foi liberado no dia seguinte e o episódio passou a ser investigado por meio de Inquérito Policial Militar (IPM), conforme informou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).

O caso teve início quando o soldado Lucas Neto procurou o hospital para revalidação de um atestado médico, acompanhado de sua advogada, Fernanda Borges de Aquino. Segundo a defesa, Neto buscava o reconhecimento de um afastamento recomendado por um médico civil, que indicava 30 dias de licença, mas que vinha sendo negado pelo hospital militar, que autorizava apenas três dias.

Durante o atendimento, Fernanda começou a gravar a consulta para registrar o que ela classificou como desassistência médica ao seu cliente. A atitude provocou reação do capitão Cavalcante, que teria solicitado a interrupção da filmagem por diversas vezes. Sentindo-se "intimidado", o oficial determinou a retirada da advogada da sala.

Ao final da consulta, o soldado Neto teria feito um comentário crítico à postura do capitão em relação à sua defensora. Em seguida, ao ser autorizado por uma major a deixar o local, virou-se para sair. Nesse momento, o capitão deu voz de prisão ao policial, alegando que ele o teria desrespeitado, inclusive utilizando o pronome “você” para se referir a ele. Três tenentes que presenciaram a cena corroboraram a versão do superior.

Diante da prisão, a advogada acionou o advogado Mauro Ribas Junior. Após ouvir os registros de áudio da consulta, os dois acusaram o capitão de denunciação caluniosa e os tenentes de falso testemunho.

A SSP-SP confirmou que o caso está em apuração e que Neto foi autuado por desrespeito a um superior hierárquico, mas ressaltou que ele já está em liberdade. A defesa afirma que as gravações comprovaram a versão do soldado. “Queriam acobertar o comportamento do oficial”, declarou a advogada.



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