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Igreja Católica passa a permitir sacerdócio para homens gays celibatários

As orientações, publicadas nesta quinta-feira (9) pela Conferência Episcopal Italiana (CEI), alteram uma restrição de 2016 que desqualificava candidatos com "tendências homossexuais profundas"

Por Carlos Rocha Publicado em
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Igreja Católica passa a permitir sacerdócio para homens gays celibatários (Foto: Ideogram)

O Vaticano deu um passo significativo ao anunciar novas diretrizes que abrem caminho para que homens homossexuais se tornem padres, desde que mantenham o compromisso do celibato. As orientações, publicadas nesta quinta-feira (9) pela Conferência Episcopal Italiana (CEI), alteram uma restrição de 2016 que desqualificava candidatos com "tendências homossexuais profundas".

A iniciativa reflete a postura mais inclusiva adotada pelo Papa Francisco, que já promoveu medidas consideradas acolhedoras à comunidade LGBTQIA+, como a autorização para padres realizarem bênçãos a casais homoafetivos e a pessoas que se casaram novamente. Apesar disso, o reconhecimento formal do casamento entre pessoas do mesmo sexo ainda não foi aprovado pela Igreja Católica.

O documento orienta que a sexualidade dos candidatos seja analisada como parte de uma avaliação ampla. “É importante que este aspecto não seja tratado de forma isolada, mas compreendido em conexão com toda a personalidade do seminarista”, destaca o texto.

Aprovadas em novembro, as novas normas entram em vigor imediatamente e serão reavaliadas em três anos, segundo o Vaticano.

Mesmo com avanços, o tema segue polêmico. Em 2023, Francisco esteve envolvido em uma controvérsia quando uma declaração atribuída a ele, sobre seminários repletos de "viadagem", foi divulgada pela mídia italiana.

Por outro lado, o papa tem defendido de forma enfática os direitos e a dignidade das pessoas LGBTQIA+. Em janeiro do mesmo ano, Francisco afirmou em entrevista que "a homossexualidade não é crime, mas é pecado", e pediu o fim de leis que penalizam pessoas com base em sua orientação sexual. Ele ressaltou a necessidade de que bispos que apoiam tais legislações busquem “conversão” e tratem essas questões com ternura e compaixão.



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