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APÓS BRIGA DE TORCIDA

Clubes se posicionam contra proibição de torcidas em jogos de futebol, em PE

Reunião foi realizada nesta segunda-feira (3), em Recife

Por Rinaldo Pedrosa Publicado em
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Reunião foi realizada nesta segunda-feira (3), em Recife (Foto: Divulgação / FPF)

A Federação Pernambucana de Futebol (FPF) se reuniu com representantes dos dez clubes que participam da primeira divisão do Campeonato Pernambucano 2025 para debater a proibição de torcida nas partidas envolvendo Sport e Santa Cruz. Na ocasião, os clubes se manifestaram contra a medida imposta pelo Governo de Pernambuco.

O que aconteceu?

No último sábado (1º), horas antes de Santa Cruz e Sport se enfrentarem no estádio do Arruda, em Recife, pelo Campeonato Pernambucano, membros das torcidas organizadas dos clubes entraram em confronto em diversos bairros da capital. Imagens que circularam nas redes sociais mostram pessoas sendo agredidas e até estupradas no meio da rua.

Como resposta, a governadora Raquel Lyra (PSDB) determinou, em conjunto com a Secretaria de Defesa Social (SDS), que os próximos cinco jogos envolvendo Sport e Santa Cruz fossem realizados de portões fechados, ou seja, sem a presença de torcida. De acordo com o governo, a medida acontece até que os clubes desenvolvam estratégias mais eficazes de segurança em dias de jogos.

A posição dos clubes e da FPF

Em nota divulgada à imprensa, os clubes pernambucanos, juntos com a FPF, criticaram a medida imposta pelo governo. "A decisão do Estado de impedir a presença de torcedores não ataca o verdadeiro problema, mas apenas o mascara. A solução efetiva passa pela atuação firme e eficaz do Poder Público no combate aos criminosos travestidos de torcedores", afirmou a nota.

O presidente da FPF, Evandro Carvalho, também se posicionou contra a proibição, alegando que a segurança é obrigação do Estado. "É de competência do Estado, do Poder Público, ou seja, da SDS. Manifestamos e registramos nosso integral apoio, alinhamento e nossa admiração pela governadora Raquel Lyra, mas entendemos que ela foi induzida ao erro para adotar uma medida de restrição absoluta, radical, absolutamente desproporcional", afirmou o dirigente.

Ainda nesta segunda (3), uma nova reunião, desta vez envolvendo os clubes, a FPF, a SDS e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) está marcada para discutir o assunto.



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