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HIV/Aids: público entre 15 a 29 anos continua sendo o mais afetado, diz infectologista

Dra. Júlia Chaves falou sobre a importância da conscientização e os avanços no tratamento dessas infecções

Por Carlos Rocha Publicado em
HIV/Aids: público entre 15 a 29 anos continua sendo o mais afetado, diz infectologista
HIV/Aids: público entre 15 a 29 anos continua sendo o mais afetado, diz infectologista (Foto: TV Tambaú/ RTC)

No mês de dezembro, a cor vermelha ganha destaque não apenas pelas festividades natalinas, mas também pela campanha nacional de prevenção ao HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Em uma entrevista exclusiva para o programa Tambaú Debate, a renomada infectologista Dra. Júlia Chaves discutiu a importância da conscientização e os avanços no tratamento dessas infecções.

O Dezembro Vermelho surge como um lembrete de que, apesar dos avanços na terapia antirretroviral, o HIV ainda representa um desafio de saúde pública. A Dra. Júlia Chaves ressaltou que, embora desde 2010 tenha havido uma queda nos casos, a prevalência do HIV ainda é uma realidade no Brasil. Em 2022, foram registrados 16.700 novos casos, principalmente entre jovens de 15 a 29 anos.

Durante a entrevista, a infectologista explicou a diferença entre HIV e AIDS. O HIV refere-se à condição de ser portador do vírus, enquanto a AIDS é o estágio avançado da infecção, caracterizado por uma imunossupressão significativa. A Dra. Júlia enfatizou que a terapia antirretroviral é altamente eficaz, permitindo que os portadores vivam uma vida normal, com carga viral indetectável, o que significa que não transmitem o vírus.

A médica alertou para a faixa etária de 15 a 29 anos, que continua sendo a mais atingida, e destacou a importância da prevenção. Ela respondeu a perguntas sobre profilaxia pós-exposição (PEP) e profilaxia pré-exposição (PrEP), esta última ganhando destaque com o novo medicamento injetável chamado cabotegravir.

Além do HIV, a Dra. Júlia lembrou que o Dezembro Vermelho também abrange a prevenção de outras DSTs, como sífilis, gonorreia e hepatites B e C. Ela esclareceu que essas infecções são transmitidas principalmente por via sexual, mas também podem ocorrer por meio do compartilhamento de seringas ou objetos cortantes.

A infectologista compartilhou histórias impactantes de pacientes, enfatizando como o estigma em torno do HIV ainda afeta a vida das pessoas. Ela destacou a necessidade de informação e solidariedade, encorajando a população a se unir contra a discriminação.

A entrevista encerrou com a Dra. Júlia Chaves falando sobre os avanços nos tratamentos, mencionando o darunavir e o cabotegravir como novidades, este último sendo uma opção injetável para aqueles que preferem essa modalidade.

Neste Dezembro Vermelho, a mensagem é clara: informação, prevenção e solidariedade são fundamentais na luta contra o HIV e outras DSTs. A campanha busca não apenas conscientizar, mas também inspirar mudanças de atitude e promover um ambiente de apoio para todos.

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