Viúva de Domingos Montagner desabafa sobre a vida sem o marido
“Poderia ser diferente se ele estivesse aqui, mas vai ser tão bom quanto, porque é isso que Domingos gostaria que acontecesse”, declarou
Luciana Lima, viúva de Domingos Montagner, falou sobre como tem sido a vida artística após perder o marido. Durante o “Encontro” desta sexta-feira (24/11), a convidada explicou o espetáculo “Pagliacci” da Cia La Mínima, criado por ela com a ajuda do ator. Sem o envolvimento de Montagner, Luciana afirma que ele teria gostado de ver o progresso do trabalho.
Segundo a viúva, a companhia de teatro deles, fundada há 20 anos, é base para a família. “Poderia ser diferente se ele estivesse aqui, mas vai ser tão bom quanto porque é isso que Domingos gostaria que acontecesse, que a gente estivesse aqui, tentando dar continuidade a essa trajetória de vida, de compartilhamento, de trabalho, de família. As crianças estão crescendo e vão tocar suas vidas, construir seus caminhos da mesma forma que meu marido construiu o dele”, declarou.
Luciana também detalhou a peça, levada ao Rio de Janeiro. “Em nenhum momento pensamos em desistir porque era um projeto que a gente vinha alimentando ao longo do tempo”, disse, acrescentando que o marido teve grande participação na construção do projeto.
“Esse espetáculo é pensado há quase 10 anos. Conheci Domingos no final dos anos 80 e os projetos eram elaborados em médio, longo prazo. Pensamos juntos o tempo inteiro e, nos últimos dois anos, ele já apontava muitas coisas para a peça”, continuou a mulher. Domingos foi vítima de afogamento ao mergulhar no Rio São Francisco, em Sergipe, durante o intervalo das gravações de “Velho Chico”. O incidente ocorreu em setembro de 2016, e o ator tinha 54 anos.
