Áudio de viúva de produtor desmente mãe de Marília Mendonça; ouça
A existência do áudio foi revelada pelo programa Fofocalizando, do SBT
Um áudio enviado por Fernanda Costa Souza, viúva de Henrique Bahia — produtor da cantora Marília Mendonça — evidencia um pedido direto feito à mãe da artista, Ruth Dias, para que a indenização do seguro da tragédia aérea que matou Marília, Henrique e outras três pessoas fosse dividida igualmente entre as famílias.
A existência do áudio foi revelada pelo programa Fofocalizando, do SBT, e confirmada por Fernanda ao portal Terra. A gravação teria sido encaminhada em meados de 2022, enquanto o processo judicial de partilha dos valores ainda estava em andamento. No material, Fernanda faz um apelo emocionado e relata dificuldades financeiras enfrentadas após a perda do companheiro: “Sei da sua dor, mas também perdi o pai do meu filho. Ele está passando necessidade e só tem a mim agora”.
A viúva ainda reforça que Léo, filho de Marília, está amparado pela estrutura financeira deixada pela cantora e pelo pai dele, Murilo Huff, e pede sensibilidade na condução da divisão do seguro. “Converse com seu advogado. Libera para que todos recebam partes iguais. O processo está travado por causa disso”, conclui Fernanda.
O áudio contrasta com a declaração feita por Dona Ruth no último domingo (13), ao programa Fantástico, em que afirmou que a Justiça teria determinado que 50% da indenização ficasse com ela, por entender que os demais ocupantes só embarcaram na aeronave a convite da artista. Ruth também declarou que não chegou a manter contato com os familiares das outras vítimas.
De acordo com a reportagem do SBT, após receber o áudio, Ruth teria respondido que qualquer decisão deveria ser tratada com sua defesa e, em seguida, bloqueado Fernanda nos aplicativos de mensagem.
A queda do avião, que aconteceu em novembro de 2021, causou comoção em todo o país e abriu uma série de disputas jurídicas envolvendo a indenização de familiares das vítimas. A questão da partilha do seguro continua repercutindo e reacende debates sobre empatia, justiça e responsabilidade em tragédias coletivas.



