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Brasil elimina transmissão vertical do HIV e reduz mortalidade pela doença, anuncia Ministério da Saúde

O resultado, divulgado no Dia Mundial da Luta Contra a Aids, coloca o país entre os que cumprem integralmente as metas internacionais da OMS (Organização Mundial da Saúde)

Por Carlos Rocha Publicado em
Veja a bula aprovada do novo medicamento para HIV
Brasil elimina transmissão vertical do HIV e reduz mortalidade pela doença, anuncia Ministério da Saúde (Foto: Reprodução/Agência Brasil)

O Ministério da Saúde confirmou nesta segunda-feira (1º) que o Brasil eliminou a transmissão vertical do HIV, quando o vírus é passado da mãe para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação. O resultado, divulgado no Dia Mundial da Luta Contra a Aids, coloca o país entre os que cumprem integralmente as metas internacionais da OMS (Organização Mundial da Saúde).

De acordo com a pasta, em 2024 a taxa de transmissão ficou abaixo de 2%, e a incidência de casos em crianças foi inferior a 0,5 por mil nascidos vivos, números que atendem aos critérios exigidos para a certificação global.

Segundo o ministério, os indicadores mostram que o país conseguiu interromper a infecção de bebês “de forma sustentada”, graças ao aumento do acesso a diagnóstico, tratamento e acompanhamento especializado. A cobertura de pré-natal, testagem para HIV e terapia para gestantes que vivem com o vírus ultrapassou 95% em todo o território nacional.

A redução também aparece nos dados de mortalidade. As mortes por Aids caíram cerca de 13% no último ano, totalizando 9,1 mil registros — o menor número das últimas três décadas e o primeiro abaixo de 10 mil.

No mesmo período, os casos de Aids diminuíram cerca de 1,5%, passando de 37,5 mil em 2023 para 36,9 mil. No componente materno-infantil, houve queda de 7,9% nos casos de gestantes vivendo com HIV (7.500) e de 4,2% no total de crianças expostas ao vírus (6.800).

Atualmente, o país tem aproximadamente 1 milhão de pessoas vivendo com HIV, segundo dados do SUS.

O Brasil mantém a estratégia de Prevenção Combinada, que reúne diferentes medidas para reduzir o risco de infecção. Além da distribuição de preservativos, a política inclui o uso de PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) e PEP (Profilaxia Pós-Exposição). Desde 2023, o número de usuários da PrEP cresceu mais de 150%, alcançando 140 mil pessoas.

O SUS também oferece gratuitamente terapia antirretroviral para todas as pessoas diagnosticadas. Mais de 225 mil utilizam o comprimido único composto por lamivudina e dolutegravir, considerado de alta eficácia e melhor tolerabilidade.

Com esses avanços, o Brasil se aproxima das metas globais 95-95-95, que preveem que 95% das pessoas vivendo com HIV conheçam o diagnóstico, 95% estejam em tratamento e 95% das tratadas alcancem supressão viral. Segundo o ministério, duas das três metas já foram atingidas.



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