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Conta de luz terá bandeira amarela em dezembro, anuncia Aneel

Segundo a Aneel, o recuo ocorre devido ao início do período chuvoso no país

Por Carlos Rocha Publicado em
Tomada energia
Conta de luz terá bandeira amarela em dezembro, anuncia Aneel (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (28) que a bandeira tarifária aplicada nas contas de luz será rebaixada para o patamar amarelo em dezembro. A mudança reduz o valor do adicional cobrado dos consumidores: serão R$ 1,88 a cada 100 kWh, número inferior ao de novembro, quando vigorou a bandeira vermelha patamar 1, com tarifa extra de R$ 4,46 a cada 100 kWh.

Segundo a Aneel, o recuo ocorre devido ao início do período chuvoso no país. “Com a entrada do período chuvoso, a previsão de chuvas para dezembro é superior às chuvas que ocorreram em novembro na maior parte do país. Contudo, essa expectativa ainda está abaixo da média histórica para o mês”, informou a agência.

Condições de geração mais favoráveis

Em novembro, a bandeira vermelha patamar 1 já havia sido aplicada pelo segundo mês consecutivo, refletindo custos elevados de geração. Agora, com condições um pouco mais favoráveis, foi possível reduzir o patamar. Ainda assim, segundo a Aneel, o acionamento de termelétricas continua sendo necessário para atender à demanda nacional.

A agência também destacou que esta é a primeira vez desde 2019 que a bandeira amarela é adotada no mês de dezembro. Entre setembro de 2021 e abril de 2022, vigorou a bandeira de escassez hídrica, criada em razão da crise no setor naquele período.

Como funciona o sistema de bandeiras

O sistema de bandeiras tarifárias indica ao consumidor o custo real da geração de energia no país:

  • Bandeira verde – condições favoráveis; sem custo extra.
  • Bandeira amarela – condições menos favoráveis; R$ 1,88 a cada 100 kWh.
  • Vermelha patamar 1 – condições desfavoráveis; R$ 4,46 a cada 100 kWh.
  • Vermelha patamar 2 – condições muito desfavoráveis; R$ 7,87 a cada 100 kWh.

Quando há pouca chuva, as hidrelétricas produzem menos energia, o que exige o acionamento de usinas termelétricas, mais caras. O valor adicional cobrado na conta de luz serve para cobrir esses custos.

A Aneel avalia que, apesar da melhora das condições hidrológicas, o cenário ainda demanda atenção. A redução da bandeira para amarela indica um alívio no curto prazo, mas o uso contínuo de termelétricas revela que os custos de geração continuam elevados em boa parte do país.

O comportamento das chuvas ao longo de dezembro será determinante para definir o cenário tarifário dos próximos meses.



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