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Black Friday registra avanço de fraudes digitais e especialistas reforçam alerta

Crescimento dos golpes preocupa empresas e consumidores durante período de promoções

Por Redação T5 Publicado em
Black
Sites falsos, perfis fraudulentos e anúncios patrocinados levam a páginas clonadas (Foto: Divulgação / Governo SP)

As fraudes digitais apresentaram avanço neste período de Black Friday, segundo especialistas que identificaram aumento expressivo de golpes estruturados com uso de inteligência artificial e páginas falsas. A estimativa de movimentação acima de R$ 13 bilhões, informada pela ABIAComm, ampliou o tráfego de dados e intensificou a ação de criminosos que exploram a alta demanda por ofertas.

A reprodução de imagem e voz de executivos em conteúdos falsos, recurso conhecido como deep fake, tornou-se um dos métodos mais recentes utilizados para dar credibilidade a anúncios e sites fraudulentos, segundo Camilla Jimene, head de contencioso digital. As práticas buscam direcionar consumidores para páginas criadas para aplicar golpes.

A pesquisa “Riscos Cibernéticos – A percepção das lideranças brasileiras e práticas adotadas”, elaborada pela Grant Thornton Brasil em parceria com o Opice Blum Advogados, mostrou que 79% das empresas se consideram mais vulneráveis a ataques cibernéticos do que em anos anteriores. O levantamento também aponta que 66,5% dos líderes colocam a cibersegurança entre os cinco maiores riscos corporativos.

O período eleva ocorrências como phishing, em que dados são capturados por mensagens ou sites falsos, e ransomware, que bloqueia sistemas e cobra resgate para devolução das informações. Também se multiplicam boletos falsos, clonagem de cartões e uso indevido de dados pessoais. Com o uso crescente de IA, anúncios, páginas e mensagens passaram a circular com aparência profissional, o que dificulta a identificação dos golpes. “Observamos padrões que se repetem durante campanhas de Black Friday”, afirma Danielle Serafino, sócia do escritório.

Entre os sinais de alerta destacados pelas especialistas estão sites falsos com descontos acima de 80%, páginas que cobram apenas o frete via PIX para liberar brindes, grupos de WhatsApp que reúnem ofertas com valores muito abaixo do mercado, perfis falsos que usam nome e logotipo de marcas e anúncios pagos que direcionam consumidores para páginas fraudulentas com pagamento exclusivamente em PIX.

As especialistas destacam que o monitoramento web preventivo se tornou ferramenta essencial. A prática envolve varredura constante em redes sociais, marketplaces, domínios e canais públicos, com uso de tecnologias de detecção de marca, análise de tráfego de anúncios e cruzamento de dados como chaves PIX associadas a fraudes.

No período pré-Black Friday de 2025, o Opice Blum identificou grande quantidade de sites falsos, perfis fraudulentos e anúncios patrocinados que levam a páginas clonadas. O rastreamento também mostrou padrões adotados por golpistas, como variações no nome das marcas, uso de termos de campanha e pagamentos restritos ao PIX, fator que reduz a possibilidade de recuperação dos valores por se tratar de operação instantânea.



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