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Lula comenta prisão de Bolsonaro e reforça autonomia do Judiciário: "Justiça decidiu, está decidido"

A declaração de Lula foi dada durante uma coletiva de imprensa em Joanesburgo, na África do Sul, onde participou da 20ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do G20

Por Redação T5 Publicado em
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Lula ressaltou ainda que o episódio não deve afetar a relação do Brasil com os EUA (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo (23) que não pretende se pronunciar sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que ordenou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele ressaltou ainda que o episódio não deve afetar a relação do Brasil com o presidente norte-americano, Donald Trump.

"Eu não faço comentário sobre uma decisão da Suprema Corte. A Justiça tomou uma decisão, ele foi julgado, ele teve todo direito à presunção de inocência, foram praticamente dois anos e meio de investigação, de delação, de julgamento", comentou Lula, acrescentando: "Então, a Justiça decidiu, está decidido, ele vai cumprir a pena que a Justiça determinou, e todo mundo sabe o que ele fez".

A declaração de Lula foi dada durante uma coletiva de imprensa em Joanesburgo, na África do Sul, onde participou da 20ª edição da Cúpula de chefes de Estado e governo do G20, encerrada neste domingo (23).

Ao ser questionado sobre possíveis impactos do caso na relação do Brasil com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Lula disse não estar preocupado com eventuais repercussões da prisão em território norte-americano. "Trump tem que saber que somos um país soberano, que a gente decide. E o que a gente decide aqui, está decidido", declarou o petista.

Jair Bolsonaro teve a prisão preventiva decretada nesse sábado (22) depois de o STF avaliar que a vigília convocada em frente à sua casa, onde cumpria prisão domiciliar, representava risco à ordem pública. O ministro Alexandre de Moraes também considerou uma tentativa de violar a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda como sinal de possível fuga.

Em audiência de custódia neste domingo (23), a juíza auxiliar Luciana Sorrentino manteve a prisão preventiva de Jair Bolsonaro. O ex-presidente alegou que só mexeu na tornozeleira por causa de um “surto” provocado por remédios, negando tentativa de fuga. A decisão foi mantida após a confirmação de que a Polícia Federal cumpriu todos os procedimentos corretamente. A audiência terminou por volta das 12h40, na Superintendência da PF em Brasília.

Nesta segunda-feira (24), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) analisará se mantém ou revoga a decisão de Alexandre de Moraes. A sessão extraordinária está marcada para ocorrer das 8h às 20h. Participarão do julgamento os ministros Flávio Dino, que preside o colegiado, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Moraes não votará por ser o autor da decisão em análise.



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