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PEC da Blindagem: aprovada em 1º turno proposta que dificulta punição judicial de parlamentares

O placar da votação foi de 353 votos favoráveis, 134 contrários e uma abstenção

Por Carlos Rocha Publicado em
Camaradosdeputados
Câmara aprova em 1º turno PEC que dificulta punição judicial de parlamentares (Foto: Agência Câmara)

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (16) em 1º turno a PEC 3 de 2021, conhecida como “PEC da blindagem”, que estabelece restrições significativas para que deputados e senadores sejam responsabilizados judicialmente. O placar da votação foi de 353 votos favoráveis, 134 contrários e uma abstenção.

Confira como votaram os parlamentares paraibanos:

Voto

Deputado

Partido

A favor

Aguinaldo Ribeiro

PP

Cabo Gilberto Silva

PL

Damião Feliciano

União Brasil

Gervásio Maia

PSB

Hugo Motta

Republicanos

Mersinho Lucena

PP

Murilo Galdino

Republicanos

Romero Rodrigues

Podemos

Wellington Roberto

PL

Wilson Santiago

Republicanos

Contra

Luiz Couto

PT

Ruy Carneiro

Podemos

Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a matéria ainda precisa passar pelo 2º turno na Câmara e obter ao menos 308 votos, o equivalente a 2/3 dos deputados. Após aprovação na Casa, seguirá para análise do Senado Federal.

O relator da proposta, Claudio Cajado (PP-BA), apresentou o texto na manhã desta terça, sem que os deputados tivessem sequer um dia para análise detalhada antes da votação.

Segundo o texto aprovado, para que um parlamentar seja preso ou processado, será necessária autorização da respectiva Casa por maioria simples, no prazo de 90 dias a partir de determinação judicial. A votação será feita de forma secreta. Na prática, isso significa que seriam necessários 257 votos na Câmara e 41 votos no Senado.

A PEC define ainda que deputados e senadores só poderão ser detidos em flagrante por crimes inafiançáveis, como racismo e terrorismo, mas mesmo nesses casos a manutenção da prisão dependerá de aprovação da Casa em até 24 horas.

Além disso, o texto amplia o foro privilegiado no STF para incluir presidentes nacionais de partidos com representação no Congresso.

A proposta foi inicialmente articulada em 2021 pelo então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e é de autoria do atual ministro do Turismo, Celso Sabino. O argumento da época era proteger parlamentares de prisões determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), como no caso do deputado Daniel Silveira (sem partido-RJ).



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