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STF forma maioria pela condenação de Mauro Cid por tentar abolir a democracia

O ministro Luiz Fux foi o terceiro integrante da Corte a se posicionar no julgamento da chamada trama golpista, que investigou articulações para mudar o resultado das eleições de 2022

Por Carlos Rocha Publicado em
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STF forma maioria pela condenação de Mauro Cid por tentar abolir a democracia (Foto: Agência Brasil)

O Supremo Tribunal Federal (STF) atingiu, nesta quarta-feira (10), maioria de votos pela condenação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

O ministro Luiz Fux foi o terceiro integrante da Corte a se posicionar no julgamento da chamada trama golpista, que investigou articulações para mudar o resultado das eleições de 2022. Na véspera, os ministros Alexandre de Moraes (relator) e Flávio Dino já haviam defendido a condenação.

Para Fux, Cid não se limitou a atuar como assessor de Bolsonaro. O ex-militar trocou mensagens com integrantes das Forças Armadas sobre possíveis ações contra o ministro Alexandre de Moraes e esteve em uma reunião realizada em 2022, na residência do general Braga Netto, onde, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), teria havido repasse de dinheiro para financiar ações golpistas.

“Cid serviu como intermediário para solicitações e encaminhamentos de quem pretendia convencer o então presidente da República da necessidade de adotar medidas concretas contra o Estado Democrático de Direito”, afirmou o ministro.

Apesar de reconhecer a gravidade das condutas, Fux absolveu Cid de outras acusações, entre elas golpe de Estado, organização criminosa armada e deterioração de patrimônio tombado.

A definição da pena só ocorrerá ao fim do julgamento. Caso prevaleça a condenação, as punições podem chegar a 30 anos de prisão em regime fechado.

Além de Cid, são réus na ação:

  • Jair Bolsonaro – ex-presidente da República
  • Alexandre Ramagem – ex-diretor da Abin
  • Almir Garnier – ex-comandante da Marinha
  • Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF
  • Augusto Heleno – ex-ministro do GSI
  • Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa
  • Walter Braga Netto – ex-ministro e candidato a vice em 2022


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