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STF: Fux questiona competência e aponta irregularidades no julgamento de Bolsonaro

Ministro defende nulidade do processo, cita cerceamento da defesa e sugere que caso deveria ser julgado em primeira instância

Por Redação T5 Publicado em
10 de setembro STF plenario da primeira turma Julgamento do ex presidente Jair Bolsonaro PL e de mais sete aliados na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal STF Metropoles 8
Ministro destacou que os réus não possuem prerrogativa de foro (Foto: Metrópoles)

O ministro Luiz Fux votou nesta quarta-feira (10), na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), pelas três preliminares que questionam a competência do STF para julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados, acusados de planejar um golpe e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022. Fux considerou que o caso deveria tramitar em primeira instância e, se fosse analisado pelo STF, que o julgamento ocorresse no plenário, apontando nulidade dos atos praticados e cerceamento da defesa.

O ministro destacou que os réus não possuem prerrogativa de foro, reforçando sua posição de incompetência da Primeira Turma. Apesar de críticas ao uso da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de Bolsonaro, Fux manteve a prova válida. Ele ressaltou que o STF não pode realizar julgamentos políticos e que a Constituição deve valer para todos.

O placar da turma está em 2 a 0 a favor da condenação, com votos de Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Após Fux, votam os ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, que terão os dias 11 e 12 de setembro para apresentar posicionamentos, antes da definição das penas de cada réu.

Todos os oito acusados respondem por crimes contra a ordem democrática, incluindo organização criminosa armada, golpe de Estado e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O deputado Alexandre Ramagem responde a três acusações, mas duas foram suspensas pela Câmara.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defende a condenação de todos os réus, argumentando que houve tentativa de romper a democracia, com resistência aos resultados das eleições e conclamações públicas contra o uso das urnas eletrônicas.



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