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Megaoperação expõe rede financeira do PCC: 141 veículos apreendidos, 192 imóveis sequestrados e R$ 1,2 bilhão bloqueado

A ação mirou empresas de combustíveis e do mercado financeiro que, segundo as investigações, eram utilizadas para lavagem de dinheiro do crime organizado

Por Carlos Rocha Publicado em
Viatura da policia federal
Megaoperação expõe rede financeira do PCC: 141 veículos apreendidos, 192 imóveis sequestrados e R$ 1,2 bilhão bloqueado

Uma das maiores ofensivas recentes contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) mobilizou, nesta quinta-feira (28), mais de 1.400 agentes em dez estados brasileiros. A ação mirou empresas de combustíveis e do mercado financeiro que, segundo as investigações, eram utilizadas para lavagem de dinheiro do crime organizado.

Os resultados da operação impressionam: 141 carros apreendidos, 192 imóveis sequestrados, duas embarcações retidas e o bloqueio judicial de até R$ 1,2 bilhão. Além disso, foram confiscados mais de R$ 300 mil em espécie.

Estrutura criminosa

De acordo com a Polícia Federal e a Receita, os alvos fazem parte de uma rede de 41 pessoas físicas e 255 empresas. Uma fintech considerada peça-chave do esquema movimentou sozinha R$ 47 bilhões entre 2020 e 2024, sem o conhecimento da Receita Federal.

As investigações também identificaram a atuação do grupo em fundos de investimento. Foram encontrados 40 fundos ligados ao PCC, responsáveis por transações de R$ 52 bilhões em quatro anos. O bloqueio imediato atingiu 21 desses fundos, avaliados em R$ 30 bilhões.

Entre os ativos, havia um terminal portuário, quatro usinas de álcool, participação em outras duas, seis fazendas avaliadas em R$ 31 milhões, uma residência de R$ 13 milhões e uma frota de 1.600 caminhões.

Mandados e prisões

No Paraná, a operação resultou em 14 mandados de busca e apreensão e 14 de prisão preventiva. Até o fim do dia, seis pessoas foram presas, incluindo uma em Santa Catarina. Em São Paulo, a Operação Quasar cumpriu 12 mandados de busca e apreensão.

Alcance nacional

As ações simultâneas ocorreram em São Paulo, Bahia, Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Maranhão, Piauí, Rio de Janeiro e Tocantins. Só a Receita Federal deslocou 350 auditores fiscais para apoiar a operação, que também contou com policiais federais, civis e militares.

De acordo com o diretor-geral da Polícia Federal, as investigações seguem em andamento e novas fases podem ser deflagradas.



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