Trama golpista: saiba o que Bolsonaro disse em alegação final ao STF
Defesa afirma que não há provas de que o ex-presidente participou do processo
Os oito réus acusados de tramar um golpe de estado, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro, entregaram ao Supremo Tribunal Federal (STF), as alegações finais da defesa. O grupo é composto pelos que foram apontados pela Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República como os líderes da conspiração que visava reverter o resultado das eleições de 2022 e impedir que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, governasse.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação de todos os acusados por cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado da União.
A defesa de Jair Bolsonaro chamou a acusação feita pela PGR de "absurda" e "golpe imaginado". Os advogados também pediram a anulação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente que deu detalhes sobre a trama. Um dos pontos contestados, por exemplo, diz respeito à existência de um plano para assassinar Moraes.
“O texto que previa apenas a prisão do ministro Alexandre de Moraes também não existe; nunca foi encontrado”, escreveu a defesa. Bolsonaro, na verdade, determinou a transição de governo, e não um golpe, sustentaram os advogados, concluindo que “não há como condenar Bolsonaro com base na prova produzida nos autos”.



