Brasil deixa o Mapa da Fome da ONU após três anos
A decisão foi baseada no relatório "O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025"
O Brasil deixou o Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). O anúncio foi feito nesta segunda-feira (28), durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU, em Adis Abeba, na Etiópia.
A decisão foi baseada no relatório "O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025" (SOFI 2025), que mostra que menos de 2,5% da população brasileira está em situação de subnutrição no período de 2022 a 2024. Esse é o critério usado pela FAO para incluir ou retirar países da lista.
O Brasil saiu do Mapa da Fome pela primeira vez em 2014, após mais de uma década de políticas de segurança alimentar. No entanto, voltou à lista entre 2018 e 2020, período marcado por aumento da insegurança alimentar, pobreza, desemprego e redução de políticas públicas. O retorno ocorreu em 2023, quando o país foi incluído novamente no relatório da FAO.
O ministro Wellington Dias atribui a melhora ao programa Brasil Sem Fome e outras ações do governo.
A FAO alerta que mudanças climáticas, crises econômicas e conflitos ainda dificultam o acesso à alimentação no mundo.
A 2ª Cúpula da ONU sobre Sistemas Alimentares continua até terça-feira (29), reunindo representantes para discutir formas de garantir alimentação segura e sustentável.
