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Senado retira de pauta projeto que legalizaria bingos e cassinos

A decisão foi tomada após manifestações contrárias de parlamentares ao requerimento de urgência para apreciação do tema

Por Carlos Rocha Publicado em
SENADO FEDERAL 23
Senado retira de pauta projeto que legalizaria bingos e cassinos

O Senado Federal retirou da pauta, nesta quarta-feira (4), o projeto de lei (PL 2234/2022) que propõe a legalização de bingos e cassinos, permitindo a exploração de jogos e apostas no Brasil. A decisão foi tomada após manifestações contrárias de parlamentares ao requerimento de urgência para apreciação do tema, considerado complexo e polêmico.

O relator do projeto, senador Irajá (PSD-TO), solicitou a retirada do texto. “Eu gostaria de solicitar o pedido de retirada de pauta dessa matéria em atendimento ao pedido da ampla maioria dos líderes partidários e que nós possamos prosseguir, então, com o pedido de informações”, declarou. Ainda não há previsão para que o projeto volte à pauta.

Debate e Argumentos

Apesar das oposições ao projeto, que apontaram riscos à saúde e à segurança pública, o senador Irajá defendeu a legalização como alternativa ao cenário atual. Segundo ele, é preciso escolher entre manter os jogos de azar sob o controle do crime organizado ou regulamentá-los, garantindo fiscalização, arrecadação de impostos e punição a possíveis crimes.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), confirmou que o consenso é de que mais informações sejam obtidas antes da retomada do debate, o que deve ocorrer apenas em 2025, sob a próxima mesa diretora.

Críticas ao “Descontrole” das Apostas

O senador Flávio Arns (PSB-PR) reforçou que o tema demanda estudos mais aprofundados, pedindo maior contribuição de ministérios, como o da Saúde e o do Desenvolvimento Social, para subsidiar o debate.

Por sua vez, o senador Sérgio Moro (União-PR) apontou o “descontrole” das apostas esportivas (bets), agravado por uma publicidade agressiva, como uma preocupação central.

Também contrário ao projeto, o senador Espiridião Amin (PP-SC) destacou que o adiamento evita a precipitação. “A aposta virou um descontrole. Essa é a verdade e, por isso, pelo menos o mal deixou de ser consumado hoje”, afirmou.

O adiamento mantém em aberto o debate sobre a legalização dos jogos de azar no país, tema que continuará a dividir opiniões no Congresso Nacional.



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