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CRÍTICA AO BANCO CENTRAL

Em reunião dos 100 dias, Lula volta a criticar a taxa de juros

Segundo presidente, Banco Central continua achando "que estão brincando com o país"

Por Rinaldo Pedrosa Publicado em
Presidente lula foto tv brasil
(Reprodução/TV Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar o atual patamar da taxa básica de juros, a Selic, durante seu discurso na reunião ministerial dos 100 dias de governo, nesta segunda-feira (10).

Lula abordou o assunto logo após expressar apoio ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. "Haddad, de vez em quando eu sei que você ouve algumas críticas. Eu tenho que elogiar você e a equipe que trabalhou, porque certamente, em se tratando de economia, de política tributária, a gente nunca vai ter 100% de solidariedade", pontuou Lula.

Posteriormente, ressaltou: "A compreensão da sociedade sobre o que foi feito vale mais do que uma crítica de uma pessoa. Tenho certeza que vai ser aprovado [o novo arcabouço fiscal] e tenho certeza que a gente vai colher os frutos que foram plantados na nossa proposta. Embora eu continue achando que 13,75% é muito alta a taxa de juros. Continuo achando que estão brincando com o país".

Outros temas relacionados à economia abordados por Lula no discurso foram a atuação dos bancos públicos e a responsabilidade fiscal. De acordo com o presidente, o governo trabalhará para que bancos públicos possam garantir crédito facilitado e com prazos adequados para micros, pequena e médias empresas, além de cooperativas, e microcrédito para empreendedores individuais.

O chefe do Executivo federal disse, inclusive, que cogitou em levar à reunião desta 2ª representantes dos bancos públicos, porque é preciso criar na sociedade brasileira a ideia de que essas instituições são públicas e "tem uma finalidade diferente dos bancos privados". "A gente não quer que esses bancos percam dinheiro, que sejam deficitários, mas eles não podem emprestar dinheiro às mesmas custas dos bancos particulares", completou.

Ainda sobre o tema, Lula pontuou: "O que eu quero é que os bancos entendam o seguinte: dinheiro bom não é dinheiro guardado em cofre, é dinheiro gerando obra, gerando desenvolvimento, gerando emprego". Ponderou que o Executivo não pode "gastar de forma desenfreada e desorientada".

Segundo Lula, seu governo tem expertise em responsabilidade. Argumentou que houve superávit primário nos seus primeiros mandatos e que estes deixaram importante nível de reservas internacionais, por exemplo.

"Responsabilidade eu tenho de berço. Assim eu construí minha vida política e assim eu vou governar este país até o dia 31 de dezembro de 2026. Com muita responsabilidade, com muita serenidade, mas com muito entendimento do interesse do povo trabalhador desse país, que é para quem eu devo a minha eleição", afirmou o presidente.


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