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Determinação da OMS

Varíola dos macacos: PB prepara combate à doença que tornou-se emergência global

SES tem referência hospitalar definida e alinhamento com municípios.

Por Cristiano Sacramento Publicado em
Formas de prevenção são discutidas
Formas de prevenção são discutidas (Imagem: Reprodução / Twitter)

A Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou emergência global de saúde por conta da disseminação acelerada da varíola dos macacos. Ao menos 75 países já registraram contaminação pela doença, com um total de 16 mil casos. A posição da OMS ocorre com objetivo de otimizar mecanismos de prevenção e combate ao vírus. Na Paraíba, apesar de não haver casos confirmados, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) já possui referência hospitalar definida e alinhamento com municípios.

A situação de emergência global trata-se de um “evento extraordinário”, que constitui risco de saúde pública por meio de disseminação internacional, e potencialmente necessita de uma uma resposta internacional coordenada. A resolução foi tomada, sem consenso, durante uma reunião do Comitê de Emergência da Varíola dos Macacos e foi anunicida na última semana.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, acredita que “com as ferramentas que temos agora, podemos interromper a transmissão e controlar esse surto”.

Situação na Paraíba e Brasil

Na Paraíba, nenhum caso foi confirmado até esta segunda-feira (25). Conforme a pasta, casos suspeitos serão encaminhados para tratamento no Complexo de Doencas Infecto Contagiosas Clementino Fraga, em João Pessoa.

De acordo com a SES, inicialmente, pacientes com a doença não demandam internação. O tratamento é feito em isolamento domiciliar.

No Brasil, o Ministério da Saúde contabilizou ao menos 600 pacientes com o vírus, a maioria em São Paulo. O risco de grande contaminação em todo mundo ainda é considerado baixo pela OMS, diferentemente da avaliação para a Europa - que é de moderação.

Ministério da Saúde, no entanto, informou que avalia a compra de vacinas contra a varíola. Em São Paulo, o Butantan estuda a fabricação de imunizantes no país.

Sintomas

Se as lesões ulcerativas, erupção cutânea e gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, servem de diagnóstico quase garantido de uma infecção por vírus Monkeypox, há outros sintomas a que deve prestar atenção, segundo a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês),

A UKHSA diz as pessoas devem estar atentas a erupções invulgares. Citado pelo Daily Express, Kevin Fenton, diretor regional da UKHSA, afirmou: "Neste momento, estamos pedindo a todos que estejam atentos a erupções em torno da boca e da área genital".

Perante sintomas suspeitos deve abster-se de contatos físicos diretos. A doença, recorde-se, é transmissível através de contato com animais, como macacos e roedores (incluindo aqueles que são mantidos como animais de estimação) e que podem ser portadores de Monkeypox. É também transmitida através de contato próximo com pessoas infectadas ou com materiais contaminados, como roupa.

A Organização Mundial de Saúde refere que o período de incubação do vírus é geralmente de seis a 13 dias. Porém, os sintomas podem manifestar-se até 21 dias depois da infecção pelo vírus.

A doença pode evoluir para broncopneumonia, sépsis ou encefalite, ou à infecção da córnea que pode conduzir à perda de visão. Com menos frequência, pode até levar à morte.

Veja a entrevista com o médico e secretário executivo de Gestão de Rede de Unidades de Saúde da Secretaria de Saúde do Estado, Jhony Bezerra, exibida pela TV Tambaú:

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