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Lava Jato apura esquema entre Grupo Petrópolis e Odebrecht em contratos da Petrobras

A Lava Jato investiga o envolvimento de executivos do grupo na lavagem de dinheiro, de R$ 329 milhões de 2006 a 2014, no interesse da Odebrecht.

Por Redação Publicado em
Policia federal levantamento

KATNA BARAN
CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (31) a 62ª fase da Operação Lava Jato, que tem como alvo principal o Grupo Petrópolis, empresa fabricante de bebidas.

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A Lava Jato investiga o envolvimento de executivos do grupo na lavagem de dinheiro, de R$ 329 milhões de 2006 a 2014, no interesse da Odebrecht.

Segundo a investigação, o dinheiro era proveniente de contratos com a Petrobras. Há um mandado de prisão preventiva contra o empresário Walter Faria, controlador do grupo, e outros cinco de prisão temporária contra executivos da empresa.

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A PF ainda cumpre 33 mandados de busca e apreensão em 15 diferentes cidades dos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde estão localizadas residências e empresas do grupo.

Também foi determinada ordem judicial de bloqueio de ativos financeiros dos investigados.

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Segundo aponta o Ministério Público Federal do Paraná, os executivos da empresa eram grandes operadores de propina do esquema, pois lavavam dinheiro em contas no exterior. Walter Faria ainda teria usado uma conta na Suíça para intermediar o repasse de mais de US$ 3 milhões (cerca de R$ 11 milhões) de propina relacionadas aos contratos envolvendo dois navios-sonda da Petrobras.

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Uma das formas de lavagem do dinheiro ocorria por meio de doações eleitorais, de acordo com as investigações. Os pagamentos somariam o montante de R$ 121,5 milhões de 2008 a 2014.

Walter Faria também teria transferido valores ilícitos para agentes públicos beneficiados pela corrupção na Petrobras. Em troca, de acordo com a Procuradoria, ele recebia dólares no exterior e investimentos em suas empresas.

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Ainda segundo a investigação, três offshores foram utilizadas para a lavagem do dinheiro da Odebrecht, somando quase US$ 107 milhões de março de 2007 a outubro de 2014.

Para justificar o montante, a Odebrecht realizava operações subfaturadas com o grupo Petrópolis, como a ampliação de fábricas, investimentos em pedreiras, contratos de compra, venda e aluguel de equipamentos, além de compra e venda de ações da empresa Electra Power Geração de Energia S/A.

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As investigações apontam ainda que, paralelamente, o grupo Petrópolis disponibilizou pelo menos R$ 208 milhões em espécie à Odebrecht no Brasil, entre junho de 2007 a fevereiro de 2011.

Neste caso, chamou a atenção dos procuradores a expressiva quantidade de recursos lavados pelos executivos.

"Além disso, o fato de ainda manter recursos no exterior sem origem lícita comprovada e realizar a regularização cambial de mais de R$ 1 bilhão denota a permanência na prática do crime de lavagem de dinheiro e autoriza, conforme reconhecido em decisão judicial, a decretação da prisão preventiva do investigado", diz o procurador Alexandre Jabur.

Segundo o procurador da República Felipe D'Elia Camargo, foram identificados bens milionários, adquiridos a partir das contas utilizadas para o pagamento de propina, que ainda são mantidos no exterior.

O nome da operação -"Rock City" ("Cidade de Pedra", em português)- remete à tradução para o inglês do nome do grupo investigado (Petrópolis).


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