Em Pernambuco já se fala abertamente na dissolução da Federação União Progressista
A aproximação dos dois tradicionais grupos políticos, no entanto, começou ainda na campanha de 2024
Uma informação que já circula em blogs e portais de Pernambuco como sendo um fato capaz de provocar mudanças substanciais na formação das alianças locais para 2026 também reúne elementos com força de impactar a política na Paraíba.
Na dimensão menor, mas não menos importante, a informação é que o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, teria conquistado liberdade da Federação União Progressista (UP) para fazer movimentos políticos-estratégicos no sentido de viabilizar sua candidatura ao Senado.
Que movimentos seriam esses? O ex-prefeito Miguel Coelho, filiado ao União Brasil, avançou uma aliança com o prefeito João Campos (PSB) com encontros públicos desde fevereiro deste ano. A aproximação dos dois tradicionais grupos políticos, no entanto, começou ainda na campanha de 2024, quando João Campos foi a Petrolina anunciar apoio do PSB à candidatura de Simão Durando, do União Brasil, aliado de Coelho.
Na Federal União Progressista (UB), com a coordenação em Pernambuco sob o comando do deputado Eduardo da Fonte, do Progressistas (PP), também pré-candidato ao Senado, o ex-prefeito Miguel Coelho jamais poderia ser candidato a senador pela legenda do União Brasil em aliança com o PSB. A liberação anunciada para ele ser candidato com o prefeito João Campos quebraria a centralização e a fidelidade na Federal UB.
Neste ponto, entra a dimensão mais ampla das informações que circulam em Pernambuco: a Federação União Progressista estaria se dissolvendo. O blog do Luiz Neto, por exemplo, publicou há dois dias que o único núcleo que ainda resiste à dissolução seria o do ex-prefeito ACM Neto (União), da Bahia.
Levando-se consideração essas informações de Pernambuco, o desfecho para a disputa do controle da Federação UP na Paraíba entre o deputado Aguinaldo Ribeiro e o senador Efraim Filho teria duas novas possibilidades. Se existe a alternativa de liberação como a anunciada para o ex-prefeito Miguel Coelho, abre-se o procedente para o Progressistas liberar a candidatura do vice-governador Lucas Ribeiro em aliança com o PSB e o Republicanos, que à época das convenções, já será governador.
O outro desfecho seria a dissolução da federação. Neste caso, cada partido - União Brasil e Progressistas - poderiam seguir caminhos próprios.
Qualquer uma dessas soluções - ainda sem debate aberto -, causariam significativo impacto na formação das alianças em torno das candidaturas do vice-governador Lucas Ribeiro e do senador Efraim Filho, e na campanha eleitoral.



