Deputado Adriano Galdino já negocia saída
Os sinais de fumaça da política indicam que o deputado Adriano Galdino, presidente da Assembleia, já está negociando uma saída para sua candidatura a governador. E, mais, tentando encontrar uma solução mais ou menos confortável dentro da própria aliança Republicanos-Progressista-PSB.
E que sinais tão reveladores seriam esses?
Começa com uma reunião que teria ocorrido na Granja Santana, no domingo, antes da reunião do deputado Hugo Motta com a bancada de deputados do Republicanos, entre o governador João Azevedo, e os deputados Hugo Motta, Aguinaldo Ribeiro e Murilo Galdino. A presença do irmão de Adriano simbolizaria ponderação e busca de entendimento.
Dois outros sinais foram emitidos durante a reunião do deputado Hugo Motta com a bancada do Republicanos. O próprio Adriano Galdino emitiu um deles. Admitiu, perante os pares, antecipar uma decisão sobre a candidatura, inicialmente com prazo estipulado para dezembro.
O outro sinal é o resultado final da reunião. Houve anúncio de decisão apenas em torno de candidatura do prefeito Nabor Wanderley ao Senado. O partido não foi tolerante apenas por causa da presença de Adriano. A tolerância se estabeleceu em razão do processo de negociação aberto. Não fazia sentido anunciar apoio à candidatura do vice-governador Lucas Ribeiro se isso pode ser feito em breve com o partido totalmente inteiro. O anúncio do apoio ao governador foi segurado porque ele também está envolvido nas negociações para unificar o Republicanos.
O sinal mais forte, no entanto, ocorreu nesta segunda-feira. Foi uma misteriosa viagem bate-e-volta do deputado Adriano Galdino a Brasília. Só foi possível descobrir a viagem pela ausência do presidente da Assembleia na sessão itinerante em Campina Grande, na segunda-feira. E somente descobriu quem cultiva acurado grau de curiosidade.
As informações de bastidores são de que Adriano viajou a Brasília com o deputado Hugo Motta e teria tido demorada reunião com o deputado Aguinaldo Ribeiro (Progressistas) e o presidente da Câmara dos Deputados. Ainda não existe acordo, mas as conversas teriam avançado a possibilidade de entendimentos positivos para a aliança governista não muito distante.
É assim, na política, às vezes, os sinais falam mais do que entrevistas e discursos.



