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ex-candidata ao senado

Pollyanna Dutra fala sobre ataques de Ricardo na campanha: "Não guardo mágoa"

Ela foi a entrevistada desta segunda-feira (5) do programa Tambaú Debate

Por Carlos Rocha Publicado em
Pollyanna, o sertão e o novo jogo do contente
Pollyanna, o sertão e o novo jogo do contente (Foto: Carlos Rocha/ RTC)

A deputada estadual e ex-candidata ao Senado, Pollyanna Dutra (PSB), foi a entrevistada desta segunda-feira (5) do programa Tambaú Debate, apresentado por Josival Pereira. Ela falou sobre a sua campanha nas eleições desse ano, mencionou a importância da presença das mulheres na política e acerca do potencial do interior do estado em produção de energias renováveis.

Pollyanna foi prefeita do município de Pombal e sua atuação contribuiu para que ela fosse cotada para a disputa ao Senado pelo PSB em 2022. Com 100% das urnas apuradas, o senador eleito, Efraim Filho (União Brasil), conseguiu 30,82% dos votos. Pollyanna (PSB) ficou na segunda posição, com 22,84; e na terceira, Ricardo Coutinho (PT), que concorreu com a candidatura indeferida, mas com recurso na Justiça, e obteve 21,55%.

"A chapa do governador João Azevedo precisava ter uma mulher. Ora nós somos a maioria do eleitorado, nós temos algo acrescentar nessa Chapa. Nós mulheres formamos os bastidores de serviços públicos de saúde, da educação, da assistência social. O governador entendeu que precisava de uma mulher para fazer essa interlacução, mas não de qualquer mulher. Uma mulher que acrescentasse na chapa a diversidade a mulher paraibana. Eu não venho de oligarquias", disse.

A ex-candidata falou que tudo foi muito rápido, ela precisou correr contra o tempo, mas mesmo assim conseguiu abrir um diálogo com lideranças e eleitores paraibanos.

"Se tivesse tido mais um tempinho a gente tinha chegado lá. Na verdade, a partir do momento que a Paraíba me conheceu, conheceu o nosso projeto, veio o dia da eleição, acabou o tempo que tínhamos. Eu cheguei exatamente faltando 45 dias. Eu dialogava com o sertão, até porque eu tenho compromisso com Sertão para que ele fosse pelo menos colocado um eixo central desenvolvimento do Estado da Paraíba", mencionou.

Sobre o ex-candidato ao Senado pelo PT, Ricardo Coutinho, que também era do campo da esquerda, Dutra relatou que seu projeto era mais pessoal do que estadual.

"O Senado não é um projeto de uma pessoa só, é um projeto de estado, é um projeto de partido e o meu partido, o nosso campo, entendeu que era importante a minha presença para compor essa Chapa majoritária e que dialogasse com um campo progressivo. Ricardo tinha algo pessoal a resolver na Justiça e precisava dessa vaga, dessa janela do Senado para se resolver. Era um projeto muito isolado da Paraíba. Claro que aí dividiu o nosso campo progressista", comentou.

Apesar de serem de campos políticos masi à esquerda, Pollyanna e Coutinho protagonizaram uma campanha de embate direto, principalmente por conta da condição do petista perante a justiça eleitoral. Ele foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2014, ficando inelegível por oito anos. Houve ataques a ambos em seus respectivos guias eleitorais.

"Eu não guardo nenhuma mágoa do ataque. Eu só acredito que a política pode ser tratada com pautas com definições claras. Fui prefeita de um município pequeno, já Ricardo foi um governador de estado e prefeito da capital, tinha muito mais bagagem política do que eu. Era ele que tinha que ter dado o tom do debate, mas eu sofri também outros ataques, isso é violência de gênero, é violência da mulher que a gente sofre na política, por entrar, por não vir com padrinhos", disse.


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